Indústria regional apresenta 4º pior desempenho

Nível de emprego coloca região entre as diretorias com indicadores mais desanimadores sobre vagas de trabalho em fevereiro

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 17/03/2017
Horário 10:25


 

A região de Presidente Prudente teve o 4º pior indicador para o nível do emprego (-1,17%) na indústria do mês de fevereiro, entre as 35 diretorias regionais do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Foram 450 postos de trabalho perdidos só no segundo mês do ano. As outras diretorias que se destacaram em seu resultado negativo foram: Botucatu (-3,29%), Jaú (-2,95%) e Araçatuba (-1,30%).

A análise dos dados demonstrou que o mês passado, em relação ao anterior, contou com nove diretorias com resultados positivos, 24 com indicadores de fevereiro piores do que os de janeiro e duas regionais em situação estável.

Em relação aos dados do acumulado dos últimos 12 meses, Prudente novamente é destaque por ter o 5º pior indicador (-11,85%), período em que a perda de empregos alcançou 5,3 mil postos de trabalho, atrás de Cubatão (-17,53%), Botucatu (-13,84%), São João da Boa Vista (-12,85%) e Santos (-12,37%).

No âmbito estadual, o nível de emprego da indústria paulista apresentou queda de 0,14% em fevereiro. Apesar da baixa, o saldo no acumulado do ano segue positivo em 0,16%. Na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2016, o resultado ainda segue negativo (-5,32%). Os dados são do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Ciesp/Fiesp) e foram divulgados ontem.

 

Destaque para o metal

Entre os segmentos que mais influenciaram o índice negativo da região de Prudente, destaca-se o da indústria de coque, petróleo e biocombustíveis (-6,84%), fabricação de produtos de metal (-4,76%) e de bebidas (-2,28%). Teresinha Biz, que é proprietária de uma metalúrgica em Prudente, ressalta que o início deste ano foi um período bastante desaquecido para o segmento, por conta do desestímulo do consumo.

"Os impostos que incidem no começo do ano, assim como gastos de viagem com carnaval, férias e outras despesas pesaram no bolso, diminuindo a compra e, portanto, a produção das indústrias", declara a empresária. Diante do cenário, ela não pode abrir nenhum posto de trabalho.

"Nosso setor não tem sazonalidade, depende muito de investimento de grandes empresas com estruturas metálicas, e, nesse momento, ninguém está investindo", declara Teresinha. A expectativa para o resto do ano ainda é incerta, e não há previsões sobre como a economia pode se comportar diante da recessão econômica. "Espero pelo menos conseguir manter minha equipe, sem demitir funcionários", expõe.
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