Infraestrutura nas rodovias

A região de Presidente Prudente cresceu e, com esse crescimento, vieram também os desafios. Entre eles, um dos mais necessários, está o da mobilidade urbana. Não é mais possível ignorar os impactos do tráfego pesado de caminhões cruzando a cidade diariamente, comprometendo a segurança, a fluidez do trânsito e até a qualidade de vida da população. 
O projeto do Anel Viário, ou Contorno de Presidente Prudente, surge nesse contexto como uma resposta planejada e necessária, uma demanda que já ultrapassou o campo das ideias e, agora, exige ação política, técnica e institucional. 
A UEPP, ciente de seu papel articulador, esteve recentemente com a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ao lado do deputado estadual, Mauro Bragato, para reforçar a importância do Contorno Viário e outras obras estruturantes que compõem um conjunto indispensável para destravar e impulsionar o desenvolvimento regional. 
Ao interligar as rodovias SP-425 e SP-270, retira-se o tráfego de veículos pesados do coração da cidade, reduz acidentes, melhora a mobilidade cotidiana e fortalece o escoamento de cargas e o crescimento de mais uma região da cidade. É uma peça-chave para um novo ciclo de crescimento econômico e logístico. O estudo funcional, em curso pelo DER/12, precisa agora evoluir com celeridade para a fase de projeto executivo e posterior licitação e obra. Existe um consenso técnico e institucional, qual seja, a obra é viável, necessária e relevante.
Mas o Anel Viário é apenas parte de um conjunto maior de obras importantes. Ao lado dele, outras intervenções viárias ganham relevância por sua função estratégica na integração regional. A duplicação da Rodovia Júlio Budiski (SP-501), por exemplo, é essencial para garantir segurança e fluidez em um dos trechos mais perigosos da malha regional, especialmente na chamada “curva da morte”, no km 26, onde vidas seguem em risco. O projeto, já em andamento pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), precisa de garantia de recursos para ser efetivamente executado.
Também há urgência na pavimentação da SP-487, que liga Indiana à SP-270. Ainda hoje, o trecho sofre com a precariedade de ser “em terra”, prejudicando o transporte da produção agropecuária e a conexão interestadual entre São Paulo e Paraná.
Outro ponto crítico é a duplicação da vicinal Ângelo Rena (PSP-476) e da Rodovia Fouad Youssef Makari (RGF-330), no trecho entre Presidente Prudente e Regente Feijó. Com a implantação de vários loteamentos e do crescimento do tráfego entre os dois municípios, esse eixo tornou-se sobrecarregado, aumentando o risco de acidentes e o tempo de deslocamento. A retomada desse projeto de duplicação também é parte de uma resposta sistêmica que a região exige.
Recentemente, tivemos o lançamento do programa do governo “São Paulo a toda Obra”, o maior em modernização do sistema rodoviário da história do Estado, com um investimento que soma R$ 30 bilhões para melhorias em rodovias públicas e concedidas, onde, infelizmente, nossa região participou de um volume mínimo deste valor.
Todos esses projetos têm algo em comum: são estruturantes. Não são obras pontuais, são medidas de impacto coletivo, que atravessam cidades, integram cadeias produtivas e geram benefícios duradouros. Precisam ganhar cronograma, orçamento e saírem do papel com a execução.

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