Instituto do Coração de Prudente oferece exame de RFR

Procedimento de análise fisiológica do fluxo sanguíneo dentro das coronárias permite identificar lesões classificadas em nível intermediário e definir a necessidade do implante de stent

Saúde & Bem Estar - WEVERSON NASCIMENTO

Data 11/10/2020
Horário 06:19
Cedida - Médico cardiologista intervencionista (à esquerda) e equipe de saúde parceira
Cedida - Médico cardiologista intervencionista (à esquerda) e equipe de saúde parceira

O Instituto do Coração de Presidente Prudente é um dos mais modernos centros médicos da região e referência em cardiologia no oeste paulista. Dentre os atendimentos clínicos e cirúrgicos de doenças cardíacas, passou a oferecer o exame de RFR (Resting full-cycle ratio/proporção do ciclo completo de repouso), que permite, por meio do cateterismo cardíaco, realizar o estudo fisiológico do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias e, desta forma, identificar lesões classificadas em nível intermediário e definir a necessidade do implante de stent.
De acordo com o médio cardiologista intervencionista do instituto, Paulo Henrique Jorge, o RFR é um exame de análise fisiológica do fluxo sanguíneo dentro das coronárias. Ele é feito através de uma guia, que faz as medidas de pressão pré e pós-obstrução e, através de uma fórmula, determina uma razão entre esses dois fluxos. Tal procedimento permite ao profissional ser mais efetivo e preciso nos tratamentos, pois detecta as lesões intermediárias duvidosas – muitas vezes, imperceptíveis por outros métodos não invasivos – e indique o tratamento mais correto. “Após uma fração determinada existe uma nota de corte que possibilita, de forma segura, dizer se aquela lesão precisa ou não ser tratada. Ser tratada significa saber se tem ou não a indicação de fazer uma angioplastia com o implante do stent – material utilizado para desobstruir uma coronária”, explica.

Vantagens do exame

O procedimento, segundo o médico, é recomendado todas as vezes que o paciente tem na “análise visual” uma lesão intermediária ou moderada. “Esse tipo de lesão não necessariamente tem a segurança de que ela está proporcionando algum grau de comprometimento, ou seja, se está, necessariamente, trazendo isquemia para o coração na região em que o vaso está irrigando”, explica. “Quando nós temos essas lesões moderadas e não temos segurança em indicar o implante ou não do stent, precisamos fazer uma análise, uma comprovação de isquemia, e uma das formas de fazer isso é através do estudo fisiológico do fluxo coronariano, no caso: o RFR e o IFR [índice instantâneo no período livre de ondas], que são os mesmos exames”, complementa o médico. 
Uma das vantagens do exame RFR, segundo Paulo, é que ele não precisa de conexão com fio, ou seja, é possível fazer uma análise através do sistema wi-fi. Tal procedimento só é possível, porque a guia possui um dispositivo que se conecta com o aparelho. “Isso é um diferencial, porque diminui o risco de contaminação e facilita bastante do ponto de vista técnico. Esse é um dos grandes diferenciais do RFR, que talvez seja o que tem mais de moderno na análise de fluxo coronariano hoje no mundo”. 
O equipamento para o RFR adquirido em parceria com a Vitória Hospitalar e a Abbott, companhia norte-americana de produtos farmacêuticos e de cuidados com a saúde, é uma evolução do procedimento FFR (fluxo fracionado de reserva do miocárdio), também disponível no Instituto do Coração, e seu uso já está disponível.

SAIBA MAIS
A angioplastia é um procedimento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias, por meio de um cateter balão, que tem como objetivo aumentar o fluxo de sangue para o coração. Após a desobstrução da artéria coronária, é feito o implante de uma prótese endovascular (para ser utilizada no interior dos vasos) conhecida como stent – pequeno tubo de metal, semelhante a uma pequena mola, usado para manter a artéria aberta. As informações foram obtidas junto ao Instituto do Coração de Presidente Prudente.

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