O juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Presidente Prudente, Silas Silva Santos, julgou procedente o pedido formulado pelo conselheiro mais antigo da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos), Jaime Trevisan, e o nomeou administrador provisório do clube.
De acordo com a decisão, Jaime poderá "praticar todos os atos que se fizerem necessários à boa e regular representação e administração, pelo prazo inicial de 120 dias".
O conselheiro tem conduzido a situação desde que a antiga diretoria decidiu pela renúncia coletiva em maio deste ano, alegando déficits mensais de, em média, R$ 60 mil. Jaime chegou a convocar os associados proprietários para a eleição e posse da diretoria executiva do clube, bem como a eleição e posse do presidente e vice-presidente do conselho deliberativo, mas não houve a manifestação de interessados.
Paralelamente a isso, está em andamento um processo administrativo instaurado pelo Comudephaat (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico) para o tombamento de todo o conjunto edificado pertencente à Apea, em seus aspectos material e imaterial, envolvendo o mobiliário do clube, salvo o de uso corrente, que será avaliado em momento oportuno pelo conselho. A medida impede alterações nas dependências.
O procedimento, que corre na Secult (Secretaria Municipal de Cultura), equivale ao tombamento provisório, "considerando o risco da descaracterização do bem representado por assembleia dos sócios". Com isso, ficam proibidas todas e quaisquer modificações, alterações ou supressões de bens que alterem aspectos físicos ou arquitetônicos do conjunto edificado, sob penas das sanções, inclusive penais, cabíveis.