Lâmpada mágica?

OPINIÃO - Gabriel Plantier

Data 12/05/2021
Horário 04:30

Em 12 de maio, comemoramos o Dia Internacional da Enfermagem. E nesta semana, divulgamos nossas ações profissionais e homenageamos nossos mais ilustres personagens históricos ao longo dessa tão importante e relevante atividade na sociedade. Nesta profissão repleta de significados, adotamos um símbolo que nos é muito querido: a lâmpada. Já se perguntou o que é a lâmpada? Por que essas pessoas de branco a estampam em tantos locais de exposição? Serei breve, prometo. Viaje comigo na história.
Em1854, na Guerra da Criméia, a enfermeira britânica Florence Nightingale se destacou como chefe dos serviços de enfermagem em um hospital militar de campanha, reduzindo a mortalidade de 42,7% para, pasmem, 2,2%. Nesta época, ela recebeu o título de A dama da Lamparina, utensílio utilizado por ela nas incansáveis rondas noturnas. Florence levava a luz aos que na escuridão de sua dor encontravam-se perdidos. Do mesmo modo, nós, enfermeiros modernos, seguimos seu legado. Incansáveis rondas noturnas e diurnas com o objetivo de levar a luz ao que se perdeu na escuridão da sua dor e do seu sofrimento. 
A luz proveniente da lâmpada não é mágica, é fruto de muito estudo e horas de treino para compreender a sua dor, o seu sofrimento, cada gesto e postura como um padrão de respostas que podem ser, com nossa ajuda, melhoradas, apoiadas e resolvidas. A ciência da enfermagem é o cuidado, ação que é tão instintiva ao ser humano, torna-se uma metodologia para elevar a pessoa ao seu melhor estado de saúde possível. 
A luz é acolhedora e permite conversas ao seu redor. Então, a enfermagem só se faz quando acontece o vínculo entre uma pessoa e outra, onde uma delas é o enfermeiro. A luz reduz o medo do desconhecido, do futuro, traz clareza de pensamento e pode mostrar o caminho mais seguro a ser seguido. A enfermagem é esta luz e sempre esteve presente nos momentos de guerras e das maiores dores. 
Hoje, nossa guerra é travada devido à pandemia Covid-19, que nos trouxe a escuridão, o medo da morte e do desconhecido. Nos fez transitar em tantos sentimentos e condições de vida, onde mais do que nunca, a luz se faz necessária. A você, enfermeiro-luz, meus aplausos e mais sinceros votos de uma vida cheia luz. 


 

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