Uma das principais reclamações por parte de gestores esportivos é sempre a falta de recursos. No entanto, desde 2009, existem leis que incentivam e fomentam diversas modalidades esportivas. De acordo com o gestor dos projetos incentivados do ECP (Esporte Clube Pinheiros), da capital paulista, Ricardo Paolucci, essa é uma alternativa para os municípios, porém é necessário conhecimento.

"É fundamental em primeiro lugar, conhecer e entender a lei. Depois você tem que identificar dentro da sua entidade, quais são as suas necessidades", enfatiza o gestor, que um passo a passo é fundamental na elaboração do projeto. "Os três pontos mais importantes estão na formatação, captação de recursos e no controle das ações", pontua que a maioria dos projetos morre na hora de fazer a prospecção das empresas, que geralmente é feita, após a aprovação do projeto.

"O momento ideal para encontrar as empresas está na elaboração. Você precisa ter uma rede de contatos, para poder desenvolver algo interessante", diz também que a busca pelos parceiros é um grande vilão, pois é necessária certa credibilidade por parte do autor do projeto.

 

Canalizar esforços

Em São Paulo, por exemplo, existe a Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, em que as empresas interessadas podem destinar entre 0,1 a 3% do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), para investir em ações sociais.

"Essas empresas terão retorno promocional similar a patrocínio e contribuição para o desenvolvimento de modalidades esportivas, mas o que mais atrai o parceiro é ele ver que os recursos foram bem utilizados", finaliza Paolucci, que ministrou palestra ontem, no Sesc, sobre o lançamento regional do Dia do Desafio.