Em um mundo cada vez mais conectado e digitalizado, a tecnologia se renova em velocidade acelerada, mas, junto a esse progresso, cresce um problema silencioso e perigoso: o descarte incorreto do lixo eletrônico. Celulares, computadores, carregadores, televisores, baterias e uma infinidade de dispositivos e componentes tornam-se obsoletos e, quando descartados de forma inadequada, ameaçam diretamente o meio ambiente e a saúde humana.
É preciso reforçar: lixo eletrônico não é lixo comum. Ele carrega substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio e cádmio, que podem contaminar o solo, os rios e os lençóis freáticos, além de provocar sérios riscos à saúde da população. A responsabilidade pelo destino adequado desse tipo de resíduo é coletiva, poder público, empresas e, principalmente, cidadãos.
Felizmente, bons exemplos começam a se multiplicar, e Presidente Prudente mostrou mais uma vez que é possível fazer a diferença. No fim de semana, moradores se mobilizaram em mais um mutirão de coleta de lixo eletrônico, promovendo uma ação concreta em prol da sustentabilidade. Foram centenas de quilos de equipamentos recebidos em pontos de coleta e encaminhados para descarte e reciclagem ambientalmente corretos.
Essas iniciativas, mais do que campanhas pontuais, representam um chamado à consciência e ao compromisso ambiental. Elas mostram que pequenas atitudes, quando somadas, têm grande impacto. Incentivar ações como essa e participar ativamente delas é um dever de todos que desejam construir um futuro mais limpo, saudável e responsável.
Que o exemplo de Prudente inspire outras cidades. O lixo eletrônico não deve ser esquecido em gavetas nem jogado em sacos de lixo comum. Seu lugar é em pontos de coleta e cooperativas especializadas, onde pode ser reaproveitado ou neutralizado com segurança. Porque cuidar do destino do lixo eletrônico é, também, cuidar do destino do planeta.