As contratações de trabalhadores temporários nos shoppings de Presidente Prudente seguem a todo vapor para as vendas de fim de ano e, diferente do registrado no comércio do quadrilátero central, superaram as expectativas dos lojistas e trabalhadores e excederam os números registrados em 2016. Em duas lojas no Prudenshopping abordadas pela reportagem, é possível constatar que em uma delas o quadro de funcionários teve um aumento de 150%, se comparado com o ano anterior, enquanto na outra o número dobrou, com um aumento em 100%. Para os dois casos, as gerentes afirmam que outras vagas serão abertas nos próximos dias. No comércio prudentino, em contrapartida e como já noticiado por este diário no mês passado, as contratações representam 26,66% do esperado para o período, quando 40 empregos foram gerados, de 150 catalogados no ano anterior.
A gerente da loja Melissa, Alessandra Mendes, 35 anos, informa que a presença dos funcionários contratados é um diferencial para este período de fim de ano e salienta que é preciso mostrar interesse para conquistar a vaga. “O movimento aumenta e os clientes não gostam de ficar esperando. Para um atendimento rápido e com qualidade, neste período, precisamos dos novos cargos. Quanto mais funcionários, melhor será o serviço prestado”. Sobre o perfil dos candidatos, Alessandra informa que é preciso ser proativo.
O quadro de funcionários da loja conta com oito pessoas e para este ano já foram contratadas cinco novas funcionárias para o serviço temporário. “No ano passado foram apenas duas novas vagas, mas o fluxo de clientes neste ano está maior, por isso a necessidade de buscar mais cinco pessoas. Se continuar assim vamos pegar mais duas pessoas próximo da semana do Natal”, acrescenta Alessandra. A gerente informa ainda que é possível que pelo menos 2 das 5 ou mais vagas abertas, sejam efetivadas.
A auxiliar de caixa, Carolina Costa, 22 anos, foi uma das candidatas selecionadas para preencher as cinco vagas abertas na loja. Há pouco mais de um mês desempregada, a funcionária diz que soube por uma amiga da oportunidade, que ela encara com seriedade. “Já trabalhei com vendas em outra loja e eu precisava dessa vaga. Há a oportunidade de ficar após este período, independente se ficarei ou não, farei o meu melhor enquanto estiver aqui”.
Novas vagas
Já a gerente da loja B1, Eliane Carrara, também do Prudenshopping, afirma que precisou dobrar o número de vagas ofertadas para o período, já que em 2016 foram duas novas contratações e, até o momento, neste ano, foram quatro, e salienta que o movimento não para de crescer. “Neste ano as vendas estão boas. Estou com mais uma vaga aberta, que será preenchida em breve, e já sei que vou precisar de outra para a semana do Natal”, comenta.
Hávila Joyce Ferreira, 18 anos, preencheu uma das vagas ofertadas temporariamente por Eliane e diz estar satisfeita com o primeiro emprego com registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social. “Procuro por uma oportunidade desde fevereiro e sei que aqui poderei mostrar meu desempenho e quem sabe conquistar a vaga de uma vez”, estima.
Comodidade
De acordo com o presidente da Associação dos Lojistas do Prudenshopping, Evandro Pontes, a mudança na cultura e comportamento dos shoppings, aliado à desmistificação em cima do segmento, proporcionaram a preferência dos consumidores pelos estabelecimentos, o que resultou no maior número de contratações. “Existia um mito de que comprar em shopping era mais caro, mas hoje sabemos que o acesso é fácil e com uma diversidade enorme”, informa. Ainda segundo o presidente, com comodidade, conforto e preços iguais aos encontrados no mercado “fora”, fizeram com que o fluxo de clientes aumentasse e, consequentemente, as contratações fixas e temporárias.
A estudante Sinara Monety Bravo de Oliveira, 22 anos, afirma que de cada 10 compras 8 são em shopping e o motivo está na comodidade e variedade de produtos. “Tudo o que eu preciso está lá, até mesmo coisas que não existem no centro da cidade. O ar-condicionado e o estacionamento são grandes diferenciais, compro com mais conforto e não preciso me ‘matar’ para encontrar vagas”, salienta.
