Lojistas abaixam as portas para conter Covid entre colaboradores

Sincomércio diz que são mais ou menos 30 estabelecimentos, não apenas por contenção da doença, mas porque ainda não se reergueram com as perdas durante o fechamento total no início da pandemia

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 27/01/2022
Horário 04:05
Foto: Arquivo
Alguns lojistas tiveram que fechar as portas temporariamente
Alguns lojistas tiveram que fechar as portas temporariamente

Várias lojas localizadas no centro de Presidente Prudente fecharam as portas temporariamente para a contenção da Covid-19 entre os colaboradores. Um desses estabelecimentos é a Topázio Joias, que, inclusive, deixou na porta um número de WhatsApp para informações aos seus clientes. O proprietário, Dorival Neves da Silva, 62 anos, conta que seis pessoas testaram positivo, sendo ele um deles, e dois assintomáticos. “Estamos fechando para contenção da doença. Assim que possível, retornaremos às nossas atividades”, informa o proprietário, que se recupera em casa.
Vitalino Crellis, 80 anos, presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), diz que essa é uma realidade e que, embora não tenha um levantamento, mais ou menos na área central foram aproximadamente 30 lojistas que abaixaram as portas. Mas não apenas por contenção da doença, mas porque ainda não conseguiram se reestruturar com as perdas que sofreram durante o fechamento total de tudo no início da pandemia, o chamado lockdown.
Segundo ele, a maioria dessas lojas é de microempreendedor que, diferentemente dos maiores, não tiveram como manter um capital de giro. “Alguns levam para casa. Os que nos procuraram, orientamos que se fossem fechar, que o fizessem definitivamente, porque senão os encargos, as despesas para pagar, como aluguel, impostos municipais, estaduais e federais, por exemplo, continuam a ser cobrados e, depois, para reabrir firma, com dívida, não tem como”, expõe Vitalino.
De acordo com ele, se o funcionário está doente, ele precisa ser afastado até poder retornar ao trabalho. Mas o conselho que dá aos lojistas é que se mantenham para não piorar a situação. 

Foto: Arquivo


Vitalino diz que muitos lojistas ainda não se recuperaram do lockdown decretado no início da pandemia

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