Das experiências de amores humanos possíveis, existe um amor que excede todos: o amor de mãe. Amor este que brota após o dom divino ser lançado na terra do seu coração mulher. A maternidade é a mais eminente e espantosa vocação. Sublime porque ser mãe é gestar os filhos na alma e, espantosa porque é escolher sofrer a cada instante. Mãe é decidir sofrer. Quem é mãe padece do início ao fim: dói quando gesta, dói quando concebe, dói nas noites insones, dói assim que o bebê cresce, dói tão logo a dor atinge a cria, dói assim que o rebento vai para escola, dói no momento em que o fruto de seu ventre adoece, dói quando a criança rala o joelho e dói violentamente nas ocasiões em que a “vida não respeita sua trajetória natural” e os filhos vão para Deus antes das mães. Mesmo sendo uma dor sem nome, sem término e sem dimensão; para vocês mães que sofrem come essa realidade digo: a última palavra jamais será “dor”. É caminho seguro escolher se volver da morte em direção a vida. Amor de mãe é eterno e nada rouba essa escolha. Se perderam seus filhos, saibam que continuam sendo mães. Um pedaço seu se afastou de você e deixou a saudade fazer morada. A sua metade se exilou de você levando consigo a alegria das marcas desse amor visceral. A sua metade foi arrancada de você e cravou no seu peito um sofrimento indizível. A sua metade foi amputada de você e uma espada de dor perfurou seu coração. Essa sua metade levou consigo tudo o que as suas dores de amor o ensinou. A saudade doendo latejante, é certamente, um jeito de seu filho ainda ficar. Entendo o quanto seja difícil para você mulher ocupar o lugar de Maria, e assim, viver a realidade da imagem da Senhora das Dores: a mãe que segura em seus braços o filho morto. As lágrimas de mãe são preces com poder de mudar o mundo. O seu ventre fora a primeira casa de seu filho. Agora após esse parto doloroso chamado morte, ele nasce para o céu. A vida em nenhum momento morre. O cordão umbilical desse amor entranhado entre vocês jamais será cortado. Os olhares continuarão a acontecer à luz da fé. Você entenderá com o tempo que efetivamente doer é sinônimo de ser mãe. Que sua dor te faça mais humana e convicta na ressurreição. Que seu pranto se misture a alegria de ter escolhido ser mãe. Mãe, que coração generoso o seu: trouxe à vida um ser e agora o entrega a Deus. O tempo que aqui viveram juntos sempre será pouco diante da eternidade que espera pelo reencontro. Repito: a última palavra jamais será “dor”. A palavra definitiva sempre será “amor”. Ser mãe é se arriscar num amor que nunca se interrompe. Para cada dia de saudade lembre-se do que fora gravado em sua alma: o nome e a vida de seu filho. Quando se perde um filho, uma mãe continua existindo. São essas mulheres que, sendo possível, se ofereceriam para sofrer no lugar dos filhos e, até mesmo, os recolheriam de volta para seu útero. Tenha certeza que existe um curativo para essa ferida invisível que sangra: Deus. Somente Ele é capaz de tecer a esperança no coração de uma mãe com um coração dilacerado. (Autor: padre Rafael Moreira Campos).
MINI SERMÃO:
10º Domingo do Tempo Comum (Mc 3,20-35)
Não espere “tapinha nas costas” ao pregar o Evangelho. Viver o Evangelho é estar pronto para a inveja alheia que acusa falsamente. O bom será chamado de perverso. A maldade proposital será lançada para destruir o bem. Porém, o mal não sabe que o grande erro dele foi desejar vencer o bem. O mal se diz vitorioso ao causar divisão. O bem é vitorioso ao denunciar a divisão. Catástrofe é sufocar a ação do Espírito Santo na vida da comunidade. Jesus já amarrou o mal e tomou dele o que havia roubado. Possuído por um espírito mal é quem segrega e divide. Quem assim age, jamais fará parte da família de Jesus. Ame para ser da casa de Jesus. (Autor: padre Rafael Moreira Campos).
AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Tarabai
Missas:
Sábado às 18h – Igreja Matriz,
Domingo às 08h, 10h e 18h – Igreja Matriz.
MENSAGEM DO PAPA:
Pode acontecer que uma grande inveja pela bondade e pelas boas obras de uma pessoa possa levar a acusá-la falsamente. Há nisto um grande veneno mortal: a maldade com que, de maneira intencional se pretende destruir a boa fama do outro. Deus nos livre desta terrível tentação! E se, [...] esta erva daninha está a germinar dentro de nós, vamos imediatamente confessá-lo no sacramento da Penitência. Estai atentos, pois esta atitude destrói as famílias, as amizades, as comunidades e até a sociedade. [...] Jesus formou uma nova família [...] na fé n’Ele, no seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolherem a palavra de Jesus são filhos de Deus e irmãos entre si. Falar mal dos outros, destruir a fama dos outros, torna-nos a família do diabo. (Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/)