Há mais de quatro meses que não se fala em outro assunto: a pandemia da Covid-19. Redundante, porém, necessário. A chegada da nova doença trouxe um misto de incerteza, insegurança, medo e tristeza para a comunidade. Para aqueles que ficaram entre a vida e a morte, ou que perderam os entes queridos pelo coronavírus ou em decorrência de complicações de saúde, os últimos meses foram ainda mais difíceis. Em meio a tamanha “turbulência”, com crescimento dos casos de Covid, é necessário lembrar dos curados.
Em algum momento desta quarentena você deve ter parado para pensar que tudo estava perdido. Afinal, a gravidade aflorou a negatividade, impulsionada também pelas informações contraditórias entre governantes e autoridades de saúde. Toda a situação propiciou a falta de esperança sobre a vacinação, inclusive a respeito da recuperação dos pacientes. Na região de Presidente Prudente, até sexta-feira havia 3.991 casos confirmados de Covid, dos quais 3.057 estavam curados – ou seja, a maior parte voltou para os braços da família, enquanto outra se recupera (124 morreram).
Tão importante quanto os cuidados para evitar a contaminação, é necessário ver o cenário com a perspectiva de confiança e fé. A cada paciente que recebe alta médica, a felicidade é imensa, não apenas para as equipes que lutaram junto dele, mas, para a sociedade. A sensação pode ser analisada nos compartilhamentos dos vídeos divulgados nas redes sociais, em que as vítimas da Covid surgem nos corredores dos hospitais, a caminho de casa. Não há palavras que descrevem o impacto que a imagem causa em quem a vê.
Diante das conquistas, seja no processo de recuperação, na cura completa do paciente e nos testes de vacinas para combater a doença, vai chegar uma hora em que tudo voltará ao normal. Com novos hábitos de vida, talvez... Num período em que tanto se falou em reciprocidade e companheirismo, é dever do cidadão colocar em prática a empatia e também olhar a dificuldade de uma nova forma: a da esperança.