Manifestação pede a volta imediata ao trabalho e mais UTIs para a região

Além disso, reivindicam mais leitos de UTI para a cidade e região e o impeachment do governador João Doria (PSDB)

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 29/01/2021
Horário 11:43
Foto: Roberto Kawasaki
Carreata percorre as principais ruas de Presidente Prudente
Carreata percorre as principais ruas de Presidente Prudente

Empresários do ramo de bares e restaurantes realizaram hoje uma carreata em Presidente Prudente, onde reivindicaram a volta imediata ao trabalho, mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para a cidade e região, além do impeachment do governador João Doria (PSDB). Pelo fato de a região estar na fase vermelha do Plano São Paulo, as medidas são restritivas para o setor, que cobra medidas imediatas de reversão do atual cenário.

A movimentação começou no prolongamento da Avenida Coronel José Marcondes, passou pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270), fez um retorno próximo ao Centro de Exposições, voltou para a rodovia, entrou para a Avenida Manoel Goulart e seguiu para o centro da cidade.

Na frente do MPE (Ministério Público Estadual), os trabalhadores fecharam parte da Avenida Brasil, onde ao som de “buzinaço” expuseram suas preocupações. O trecho foi liberado poucos minutos depois, com o término do protesto.

Empresários do ramo de veículos, academias, agro e eventos também se juntaram à ação, bem como outros setores, com suas reivindicações, que pautaram também no aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A Polícia MilitarPolícia Militar Rodoviária, Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) e Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares) fizeram o controle do trânsito. Na rodovia teve um pouco congestionamento no perímetro urbano, mas, tudo fluiu normalmente.


Roberto Kawasaki - Parada em frente ao prédio do Ministério Público Estadual


Roberto Kawasaki - Trecho da Avenida Brasil ficou interditado por alguns minutos

Dificuldades no faturamento

O empresário Paulo Meirelles define o atual cenário como “desesperador”. “No início da pandemia nos pediram para ficássemos em casa, para que organizassem os leitos de hospitais, toda a parte de saúde para achatar a curva. E nós fizemos isso no primeiro momento. O que percebemos agora, é que após um ano não houve essa organização”, lamenta o empresário.

“Hoje, o que nós temos é um cenário de terra arrasada nos bares, restaurantes, setores de eventos, e no comércio de maneira geral, aonde nós não temos segurança para trabalhar, apoio do governo, estamos custeando nossos funcionários com dinheiro que não existe, uma vez que não estamos podendo abrir o nosso comércio para trabalhar, e quando abrimos, estamos quase que na clandestinidade”, expõe Paulo, que cita os horários de restrições, o que impede o faturamento. 


Roberto Kawasaki - Carreata passou pela rodovia e entrou no trecho urbano de Prudente

Pedidos de leitos de UTI Covid

O principal objetivo manifestação foi pedir o aumento da estrutura hospitalar de leito UTI Covid na região, que está abaixo da média estadual. O assunto foi tema de reportagem veiculada ontem por O Imparcial.

De acordo com a levantamento, o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde) é o segundo do Estado com o menor número de leitos de Covid-19 por 100 mil habitantes: 12, ficando na frente somente de Sorocaba, com 11,8. Os dados constam nos indicadores apresentados pelo governo de São Paulo na 19ª atualização do Plano São Paulo, em 22 de janeiro.

“Exigimos pelo menos ficar na média do Estado, que é de 20 leitos para cada 100 mil habitantes”, salienta Paulo.

O empresário João Augusto de Souza, Guto, também lamenta a situação. “Pedimos mais leitos para passar da fase vermelha para poder trabalhar e empregar pessoas. Eu já tive Covid, precisei ficar 12 dias n UTI, então a gente reconhece e sabe a necessidade e mais leitos na cidade”, expõe; “Tem muita gente insatisfeita”. 


Roberto Kawasaki - Carreata na Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Prudente


Roberto Kawasaki - Paulo Meirelles lamenta o atual cenário enfrentado na região

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