Nathalia Tofanelli De Jesus Pelegrino e seu marido, Saulo Marques Pelegrino, celebraram a reinauguração da oficina Mão Francesa em um espaço ampliado. A mudança para um local maior foi motivada diretamente pelo sucesso e pela crescente demanda de um serviço altamente especializado em veículos do grupo Stellantis, como Peugeot, Citroën e Jeep.
"A gente estava num espaço menor. Somos especializados em Peugeot, Citroën e Jeep, trabalhamos só com essas marcas. E a demanda começou a aumentar muito, e aí a gente achou esse espaço maior, por isso a reinauguração que a gente fez", explica Nathalia sobre a expansão.
A virada de chave: de estética
automotiva a vocação na mecânica
A trajetória de Saulo na área começou de forma inusitada. Apesar de ter trabalhado com mecânica por 17 anos, ele havia desenvolvido uma aversão à profissão e tentou se dedicar à estética automotiva. Contudo, a vocação falou mais alto. "Eu tinha birra de mecânico," confessa Saulo. "Mas não era essa a missão minha aqui nessa terra, era montar oficina mecânica."
Especialização como
nicho de oportunidade
A decisão de focar exclusivamente nas marcas Peugeot, Citroën e Jeep surgiu de uma observação de mercado: a falta de oficinas dispostas e preparadas para lidar com esses veículos.
"Uma oportunidade do mercado," afirma Saulo. "As oficinas faziam cruz, não gostavam de pegar, era complicado de mexer. Então eu falei, 'se eu for montar para mim, eu quero ser especializado em Peugeot, Citroën e Jeep'."
Essa especialização é o grande diferencial da Mão Francesa. O proprietário é categórico ao afirmar que não atende outras montadoras, como Volkswagen ou Chevrolet, dedicando-se integralmente à tecnologia embarcada dos veículos do grupo Stellantis. "Os carros Peugeot e Citroën e Jeep estão vindo com muita tecnologia. Então me especializei para mexer nesses carros, é igual médico", compara Saulo.
O desafio inicial
e a prova de fogo
Como em todo novo negócio, o desafio inicial foi atrair clientes. Mas o primeiro grande teste de Saulo foi um marco. Nathalia relembra o episódio: "O primeiro cliente que a gente pegou, trouxe um carro todo desmontado, um C4 Pallas, todo desmontado de outra oficina, que o outro mecânico não deu conta."
Saulo viu o carro como um "quebra-cabeça", mas, com dedicação e estudo, entregou o veículo funcionando, conquistando a lealdade do cliente.
Formação contínua e transparência:
a construção da confiança
Para se manterem como referência em diagnóstico de alta precisão, Saulo e Nathalia investem pesadamente em atualização técnica. "Atrás de conhecimento, curso, curso online, estudo, muito estudo. Eu estudo pra caramba pra fazer, tender o melhor para vocês," garante Saulo.
A confiança dos clientes, que chegam a vir de outras cidades como Mato Grosso, é cimentada pela honestidade e transparência no processo. "Tudo que eu faço, tiro foto, faço um vídeo, envio para os meus clientes," ele explica.
Sobre os erros mais graves que os motoristas cometem, Saulo aponta a "falta de informação, falta de técnica", ressaltando que esses veículos exigem um "olhar diferente" que muitas vezes o proprietário se não atenta.
O papel feminino
na Mão Francesa
Nathalia, além de cuidar da área administrativa, faz questão de participar ativamente da rotina da oficina, que historicamente é dominada por homens.
"O meu papel aqui, na verdade, é tanto administrativo quanto pôr a mão na massa. Também desmonto o cabeçote, ajudo ele montar, desmontar, então eu faço de tudo aqui também," ela afirma, destacando a quebra de barreiras.
Em sua mensagem final, Saulo assegura a dedicação da equipe a todos os clientes: "Estou aqui para melhor atender vocês, estou dedicado mexer nessas marcas, pode vim aqui que vocês vão ser bem atendido."
