Maradona

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor do censo e do bom senso

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 27/11/2020
Horário 05:32

Maradona não foi apenas gênio do futebol. Foi também gênio do pensamento correto no que tange à política e ao social. Ele tinha lado e estava do lado certo da História, coisa que o Pelé, por suas atitudes e bobagens que fala, não está. E olhem que sou pelezista de carteirinha.
Maradona tinha preocupações sociais e com isso quero dizer que o grande jogador não era um cidadão alienado, como é comum entre os atletas em geral. Uns idiotas o acusaram na televisão de ser um "jogador populista" por causa de sua militância. Populista é a mãe.
Desde quando denunciar as mazelas sociais é ser populista? Desde quando lutar por um mundo melhor é ser populista? Querem o quê? Que Maradona aplaudisse a desigualdade social, cada vez mais medonha no mundo? 
Quem critica a militância política de Maradona não sabe o que fala. Atleta tem mais é que denunciar as injustiças cometidas contra qualquer povo, como fizeram Maradona e Sócrates, e como fazem Casagrande e o Messi. 
Sei que é lugar-comum afirmar que Maradona jamais será esquecido e que já está na galeria das grandes personalidades argentinas, como Evita Perón, Carlos Gardel e, claro, Che Guevara, do qual Maradona era fã e o tinha tatuado no braço direito.
O ídolo se foi e fica a lembrança. Morre o homem, fica a fama, como diz o samba do grande Ataulfo Alves. Não faz muito tempo, Maradona falou do epitáfio que queria em seu túmulo: "Obrigado à bola". Coisa de gênio.

DROPS

Ainda bem que 2020 está quase no fim. Este ano não deveria ter existido.

Quem come com os olhos corre o risco de morrer de fome.

A primavera está quente. A política também.

Estamos todos na mesma canoa? Sei lá. Carece perguntar ao caiçara.
 

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