Naquela manhã friorenta - ou friolenta, como se diz em Portugal - a dona Azedinha quis ficar um pouco mais na cama debaixo de cobertores e edredons. E olha que o relógio já marcava 9 horas e uns minutos a mais. Cadê o café da manhã?
Como Azedinha insistia em continuar na cama, seu marido Ambrósio, que dormia em outro quarto, se levantou e, depois de escovar os dentes, foi à cozinha para coar o café. Um frio lascado em uma cozinha que ficava fora da casa. Frio pra esquimó nenhum botar defeito.
Ao se dirigir à despensa ele percebeu que tinha acabado o estoque de coadores de papel. "E agora?", pensou. "Vou improvisar um coador com guardanapo de papel", imaginou, lembrando que tinha em casa um guardanapo com folha grossa e, assim, teria um "coador" à sua disposição.
Até que ele tirou de letra, saiu da saia-justa, pois conseguiu adaptar o guardanapo na "boca" da garrafa térmica. Mais alegrinho, o seu Ambrósio levou tudo pro fogão. Sua improvisação quebraria o galho. Ele "passaria" o café numa boa.
O diabo é que o Ambrósio se esqueceu de pegar a lata com o pó de café e quando foi pegar o café, que estava no alto de uma estante, a coisa se complicou. A lata caiu no chão e quase todo o pó ficou espalhado.
Com o barulho, Azedinha gritou lá do quarto: "Que foi isso?" Assustado, o trapalhão Ambrósio não sabia o que responder para a esposa, cujo apelido explica tudo.
Ela levantou-se depressa e foi correndo para a cozinha. Ao ver o café no chão, Azedinha deu uma espinafrada no marido, soltou os cachorros e, enfim, falou cobras e lagartos. Seu Ambrósio tentou acalmá-la: "Benzinho, eu vou pedir café e coador emprestados ao vizinho. Mais tarde compro tudo no supermercado", explicou.
Assim como o Trump em relação ao Brasil, dona Azedinha não aceitou a explicação e lascou: "Benzinho é o escambau". Depois, ela pediu pro marido limpar a cozinha e voltou para debaixo de seus cobertores e edredons.
DROPS
Em terra de cego quem tem catarata é, no mínimo, príncipe.
O rei Charles ouve Ray Charles.
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