Médico pontua que adaptação pode levar 14 dias

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 17/02/2017
Horário 09:09
Apesar de temporário, o horário de verão acaba trazendo impacto sobre a rotina das pessoas. Muitos aproveitam a claridade estendida para fazer atividades ao livre, se exercitar e aproveitar os dias mais longos. Outros, porém, torcem para que a mudança chegue ao fim logo. E, com a proximidade do encerramento deste período, o neurologista Carlos Antônio Scardovelli explica que o "corpo sente" toda vez que ocorre alguma alteração de horário e, por conta disso, leva um tempo para ele se adaptar, o que pode a chegar a 14 dias. Isso por conta da variação no ciclo circassiano, o "relógio biológico", que é o responsável por produzir os hormônios que nos ajusta às horas do dia e também de sono.

Jornal O Imparcial Carlos: "Até que a adaptação, ficamos irritados, cansados"

"Até que ocorra essa adaptação, ficamos mais irritados, cansados e até com insônia. Lógico que é uma mudança pequena, cuja adaptação pode ser mais rápida dependendo de cada pessoa. No entanto, o sono é fundamental", comenta o médico. Relata que a orientação é para que as pessoas busquem diminuir a ansiedade, com a prática de exercícios físicos pela manhã e uma boa alimentação. "Não existe uma receita pronta para facilitar a adaptação, porque depende de cada um. Temos que esperar o tempo passar, se exercitar, não perder o pique", frisa.

Embora cada pessoa reaja de uma forma, o especialista destaca que aqueles que têm problema com o sono vão responder de maneira mais lenta. "A idade não é tão importante, mas sim as características de cada um. Porém, nos idosos o sono é pior porque é bifásico, ou seja, nas pessoas de idade mais avançada o padrão de sono muda e elas dormem dois períodos mais curtos, um durante o dia e um à noite, entre duas a quatro horas por período. Por isso é comum ver idosos dormindo durante o dia e reclamando que dormem pouco à noite", ressalta o médico.

 

Comemorando


A cabeleireira Rita de Cássia Pereira, 52 anos, está no time dos que não gostam do horário de verão. Reclama que não consegue dormir cedo e, portanto, se sente cansada ao levantar. "Detesto o horário de verão. Mexe com o relógio biológico e me sinto muito cansada. Para mim, é um tormento", conta. A mesma opinião tem a assistente social Sandra Araújo, 41 anos, que comemora a proximidade do fim deste período. "Não gosto deste horário porque acabamos dormindo mais tarde e, enquanto o dia não acaba fico só trabalhando", relata.

 
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