Membros de quadrilha que angariou R$ 600 mil com golpes de leilão de veículos são identificados

Grupo criminoso fez vítimas em várias cidades do Estado, incluindo um morador de Rosana, onde investigação foi iniciada e culminou com operação

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 09/05/2025
Horário 13:34
Foto: Deinter-8
Operação cumpriu 8 mandados de buscas domiciliares em São Paulo, Itaquaquecetuba e Eunápolis (BA)
Operação cumpriu 8 mandados de buscas domiciliares em São Paulo, Itaquaquecetuba e Eunápolis (BA)

A partir de uma investigação iniciada no 1º DP (Distrito Policial) de Rosana, a Polícia Civil chegou à identificação de cinco pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa voltada à prática de estelionatos eletrônicos. Em dois anos, em 2021 e 2022, o grupo, que ofertava veículos em site de leilões falsos, sempre por valores abaixo de mercado, recebeu pagamentos de vítimas de diversas localidades do território paulista, inclusive de um morador de Rosana. O prejuízo causado pela quadrilha é estimado em mais de R$ 600 mil.

Na manhã desta sexta-feira, a 1ª DIG/Deic-8 (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) e o 1º DP de Rosana deflagraram a Operação “Al-Alam”. Na ação, foram cumpridos oito mandados de buscas domiciliares nos endereços dos suspeitos, nas cidades de São Paulo, Itaquaquecetuba e Eunápolis (BA).

Ainda, foram efetivadas ordens de sequestros patrimoniais de cinco veículos, avaliados em cerca de R$ 300 mil, e de diversas contas bancárias pertencentes aos integrantes da associação criminosa. “Os principais suspeitos serão indiciados pelos crimes de integrar organização criminosa e estelionato qualificado. Além disso, serão compartilhadas informações com outras unidades policiais, tendo em vista que a investigação comprovou a atuação desse grupo criminoso também em delitos registrados por essas delegacias”, destaca a Polícia Civil.

O golpe
De acordo com a Polícia Civil, o golpe consistia na criação de sites idênticos a sítios eletrônicos lícitos, nos quais veículos eram anunciados falsamente como objetos de leilões. As vítimas, crentes que estavam adquirindo um automóvel proveniente de ato legalizado e através de leiloeiro oficial, realizavam o pagamento conforme combinado. “Mas, quando se dirigiam ao local indicado como pátio, onde os automóveis deveriam ser retirados, percebiam que haviam caído em um golpe. A cada fraude, o prejuízo causado atingia valores de R$ 30, R$ 40, e até R$ 50 mil, tornando o negócio ilícito altamente lucrativo para o grupo criminoso”, revela.
 

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