O HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente informou, na tarde desta segunda-feira, que a menina de 2 anos, que teve a perna amputada após ser atropelada em praça do Parque Residencial Francisco Belo Galindo, na noite da última sexta-feira, permanece em estado grave, porém, agora estável.
A criança deu entrada no pronto-socorro da unidade às 21h23 de sexta-feira. Na ocasião, segundo o hospital, ela foi prontamente atendida pela equipe médica e multiprofissional. Neste momento, a menina se encontra internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica.
Já em relação ao condutor do veículo que atropelou a criança, um homem de 26 anos, a Santa Casa de Misericórdia comunicou a O Imparcial que o paciente recebeu alta hospitalar no sábado. Ele havia sido encaminhado à unidade também na noite de sexta, com possível traumatismo craniano de natureza leve, e ficou internado sob escolta de policiais militares.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Claudinei Alves, o indiciado passou por audiência de custódia na manhã de sábado, após ser liberado do hospital. A prisão foi convertida em preventiva e ele foi colocado no sistema prisional. O acusado responderá por tentativa de homicídio na condução de veículo automotor.
Em relação às investigações, Claudinei pontua que, por ora, a polícia busca imagens para oitivas sequenciais.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, uma equipe da Polícia Militar foi acionada na sexta para atender um caso de atropelamento de criança em via pública, cujo autor havia sido agredido por populares. Quando se aproximavam do local do chamado, os policiais notaram a existência de um veículo em chamas sobre a calçada e vários populares nas imediações.
Eles relataram aos agentes que o condutor do veículo estava caído em um barranco próximo dali. O rapaz apresentava ferimentos na cabeça bastante ensanguentada e, logo que se aproximaram, os militares puderam sentir o forte odor etílico que ele exalava. Ao conversarem com o indiciado, notaram que o jovem apresentava voz pastosa desconexa. Os policiais apuraram que ele não é habilitado para dirigir veículo automotor.
Por meio dos populares, os agentes também tomaram conhecimento de que familiares da criança atropelada a socorreram e a encaminharam para o HR com fratura exposta na perna esquerda e possivelmente no quadril.
Com o auxílio de outras viaturas, o local do acidente ficou preservado até a chegada da perícia, enquanto uma equipe se deslocou até o HR para entrevistar os pais da criança e entender a dinâmica dos fatos, já que nenhum dos populares quis ser identificado para esclarecer a situação, inclusive os possíveis agressores do autor.
O pai da criança, muito abalado, disse que estava com a família na praça pública do bairro Belo Galindo, quando avistou um veículo indo em direção à área de lazer em alta velocidade e em zigue-zague. O automóvel subiu a calçada, desgovernado, e atingiu a filha do homem, a qual estava na calçada.
Ele explicou que, imediatamente, colocou a menina dentro do carro e a levou ao HR, porque temia pela vida dela. Em contato com os profissionais de saúde do hospital, tomou conhecimento de que o estado de saúde da criança era gravíssimo e com possibilidade real de amputação da perna esquerda, o que, segundo o boletim de ocorrência, posteriormente ocorreu.
O indiciado se recusou a realizar o teste de bafômetro, mas, em razão dos sinais característicos indicarem alteração da capacidade psicomotora pela ingestão de álcool, foi aplicada multa de recusa e embriaguez. O veículo foi recolhido administrativamente após a perícia.
