Mercado de trabalho pós-pandemia

OPINIÃO - Célia dos Santos Silva

Data 26/08/2021
Horário 05:00

Em meados de 2019, acredito que ninguém imaginou que passaria por um período tão incerto como o que vivemos no momento. Pandemia?! Imagina! Morte de milhares?! Nem em sonho. No entanto, a realidade nos mostra que tudo pode acontecer.
A todo o momento, empresas fecham suas portas, gerando taxa de desemprego de 14,7%, a mais alta desde 2012. Vários profissionais precisaram se adaptar e se reinventar na busca de soluções frente aos novos desafios.
A constatação é triste, mas não deixa de ser verdade. Com os inúmeros casos de mortes no país e no mundo, abrem-se portas de trabalho para outros milhares. Àqueles que se mantiverem firmes em seu propósito de qualificação profissional, irão “nadar de braçada”. Por que eu digo isso?
Bom, com a retomada do crescimento das indústrias e empresas, um gargalo veio à tona: “Não temos mão de obra qualificada”. Muitas indústrias não estão conseguindo atender suas demandas. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), nos próximos dez anos, a área de tecnologia abrirá mais de 700 mil vagas de emprego e que nos próximos dois anos, das 401 mil vagas disponíveis, apenas 106 mil serão supridas acarretando em uma lacuna de 74%. 
E por que isso? É grande o número de pessoas que terminam a graduação e decidem aguardar um tempo para dar o próximo passo. Os motivos são diversos, o mais comum é porque ainda precisam pagar seu financiamento; alguns querem descansar um pouco antes de retornarem para a sala de aula; outros querem primeiro entrar no mercado de trabalho para depois procurarem aperfeiçoamento.
Mas, com as profundas mudanças do último ano, surgiram novas demandas de mercado e novas carreiras profissionais e, com isso, o mercado de trabalho se tornou mais exigente. Já faz algum tempo que ter apenas a graduação não é mais suficiente. Para que se possa turbinar a carreira e melhorar o ganho financeiro, é preciso complementar a graduação com uma especialização, aperfeiçoamento ou capacitação em sua área de interesse.  
Mas, e aí, o que faço agora? O primeiro passo é ser resiliente, isso faz parte do processo. Depois, precisa correr atrás do prejuízo. Como? Não há uma receita igual para todos, pois isso depende da necessidade e disponibilidade de cada um. 
Há pessoas que precisam apenas se aperfeiçoar naquilo que já fazem. Outras estão insatisfeitas com o que fazem ou com sua condição financeira, então, devem superar os desafios e sair em busca de nova colocação no mercado de trabalho, no entanto, sem uma capacitação/qualificação, dificilmente irá conseguir. E o que eu acho disso? Nunca é tarde pra recomeçar!
 

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