Mercado imobiliário pós-pandemia: um novo velho porto seguro

OPINIÃO - Bruna Melo

Data 06/06/2020
Horário 06:00

A pandemia causou uma grande turbulência na economia mundial e não seria diferente no mercado econômico brasileiro. As restrições impostas pelos governos para conter o coronavírus, oscilações bruscas nas ações das bolsas de valores, o aumento do valor do dólar, a Selic em patamar mínimo histórico e a instabilidade política no país são vetores que fizeram o mercado imobiliário ser um novo velho porto seguro para investimentos.

No Brasil, podemos ilustrar o cenário caótico instaurado pelas consequências da pandemia aliada à forte queda no valor do barril de petróleo, como acionamento do circuit breaker pela Bolsa de Valores Nacional. De forma bem resumida, podemos dizer que o circuit breaker é um mecanismo de segurança utilizado para interromper todas as operações da Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Esta ferramenta é permitida nos momentos em que as ações negociadas nesse mercado sofrem grandes quedas consideradas atípicas em seus preços.

No mês de março deste ano, o circuit breaker foi acionado várias vezes na bolsa nacional (Ibovespa) diante das fortes quedas, superiores a 10% nas ações comercializadas, inclusive no dia 12 de março foi acionado duas vezes no mesmo pregão. As bolsas europeias e dos Estados Unidos também tiveram fortes quedas frente à instabilidade econômica.

Em contrapartida, o investimento em imóveis sempre foi uma ótima saída para o mercado brasileiro, e passa a ter mais relevância com a Selic em seu patamar mínimo histórico. No dia 6 de maio deste ano, o Comitê de Política Monetária se reuniu e decidiu pelo corte na taxa de juros chegando ao seu menor nível, 3% ao ano. O que isto significa? Alguns tipos de títulos públicos do Tesouro Direto têm suas rentabilidades diretamente associadas à taxa básica de juros. Com essa taxa baixa, o investimento em tais títulos não se mostra uma boa opção.

Com o mercado de títulos e valores mobiliários transbordando instabilidade, o imóvel é uma saída segura e rentável. O mercado imobiliário prudentino, especificamente, se mostra sólido, podendo mencionar-se que não houve queda relevante nas negociações durante a pandemia (com base nos dados do cartório em que trabalho). E ainda há previsão de diversos lançamentos no setor nos próximos meses.

O Projeto de Lei 2.963/2019 que tramita no legislativo nacional foi analisado pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Agricultura (CRA) que o aprovaram, com emendas, no dia 11/12/2019, projeto este que facilita a aquisição de imóveis rurais por estrangeiros. Sem entrar no mérito, se o mesmo é bom ou ruim para o país, caso o mesmo seja aprovado e venha a virar lei, haverá um forte interesse dos chineses, fazendo com que o mercado de imóveis rurais se aqueça ainda mais.

Venho concluir o presente artigo com as sábias palavras de ninguém menos que o 32º presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt: “Um imóvel não pode ser perdido, roubado ou levado por ninguém. Comprado em um bom negócio, pago integralmente e gerido com cuidado razoável, é o investimento mais seguro do mundo”. Procure um corretor de sua confiança e analise as opções de investimento, pois nada mais seguro do que um tijolo em cima do outro.

 

Publicidade

Veja também