Conhecida por ser a capital do oeste paulista, Presidente Prudente no início da sua história possuía ruas sem asfalto e sinalização, atualmente dispõe de 223.749 habitantes, vias pavimentadas e um grande fluxo de veículos, sendo 92 mil automóveis conforme dados de 2016 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O especialista de trânsito, Manoel Silva Félix da Costa, diz que mesmo com as vias bem movimentadas com os veículos, Prudente está com seu fluxo dentro da normalidade.
“Temos uma fiscalização municipal atuante que tem ordenado principalmente a área central e autuando aqueles que não respeitam as leis de trânsito. Além disso, possuímos o reforço da Polícia Militar que promove até palestras educativas e de conscientização em escolas”, afirma. Outro ponto ressaltado pelo especialista é a presença de policiamento ativo nos eventos sociais da cidade que tem colaborado com a organização do trânsito de veículos e até mesmo em situações como acidentes, enchentes e quedas de árvores.
Para além da fiscalização, há também a adequação do trânsito com as ciclovias e a autonomia de um órgão fiscalizador próprio de Presidente Prudente. “Nosso município é bem sinalizado e é o pioneiro na questão da municipalização do trânsito desde a década de 1990, período em que o código entrou em vigor, assim como ocorreu na capital, em São Paulo”, expõe. Manoel lembra também que a instalação de radares no início do ano como uma medida preventiva de fatalidades, por exemplo, não foi bem aceita pela população no primeiro momento, mas atualmente, grande parte enxergou a importância do trabalho satisfatório, reduzindo o número de acidentes nas vias, principalmente com os idosos na semana do pagamento da aposentadoria.
Por sua vez, o instrutor de trânsito Luciano Cenedese reafirma que Presidente Prudente é uma cidade bem sinalizada, porém, o grande número de obstáculos é algo negativo, pois, acaba atravancando o trânsito em determinados trechos e momentos. “Diminui-se a velocidade dos veículos, no entanto, aumenta-se a produção de gases poluentes. O órgão de trânsito precisa analisar o que é melhor para a municipalidade, mas para mim, a melhor opção é a lombada eletrônica, conhecida como radar”, comenta. Para o instrutor, a solução para o progresso do trânsito seria a consciência do condutor inserido no trânsito. “Quem perde a vida em acidentes de trânsito são pessoas que por um minuto de besteira e desatenção acabam se envolvendo em acidentes. É preciso agir com paciência e respeito quando se conduz um veículo”, comenta.
Motoristas
Quem transita pelas vias prudentinas, em sua maioria, comemora a instalação dos radares como forma educativa. Assim como o agricultor José Carlos dos Santos, quando diz que os mesmos impuseram respeito aos “apressados” nas ruas. “Deveria ter mais radares e lombadas nas vias para principalmente aqueles que dirigem em alta velocidade”, diz. Já o motorista Jorge Luiz Souza explica que recursos como esses citados por José reeducam os motoristas, mas o que incomoda na cidade em sua visão é a falta de sinalização das placas do semáforo entre a Avenida da Saudade com o Parque do Povo, por exemplo. “Outra situação que poderia ser melhorada são as faixas amarelas próximo à Santa Casa e o Fórum”, conta.
No entanto, há quem não concorde com o que encontra nas ruas. O aposentado José Alberto da Silva considera o trânsito prudentino caótico e destaca que muitos motoristas não respeitam a sinalização imposta na cidade, além de não ter espaço para estacionar no centro do município. “Na minha opinião, é preciso colocar um semáforo na rotatória do Monte Alto com a Avenida Manoel Goulart. Eu inclusive evito até andar no centro ou proximidades por possuir muitas faixas amarelas e falta de lugar para estacionar meu veículo”, pontua.
PREFEITURA PLANEJA MELHORIAS
Conforme a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), no fim de julho, um convênio foi firmado com o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) por meio do Programa Movimento Paulista de Segurança no Trânsito no valor de aproximadamente R$ 1 milhão, prevendo a execução de obras de infraestrutura viária em 14 pontos da cidade, incluindo alguns que foram citados pelos entrevistados.
