Moradora de Panorama é presa após gravar vídeo ameaçando a própria filha com uma faca

Investigada alegou que atitude foi para “chamar a atenção” do ex-companheiro, pai da vítima, por desentendimentos decorrentes de pensão alimentícia

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 02/09/2025
Horário 08:31
Foto: Deinter-8
Policiais civis apreenderam faca com resquícios de substância avermelhada que simulava sangue
Policiais civis apreenderam faca com resquícios de substância avermelhada que simulava sangue

Uma moradora de Panorama, 37 anos, foi autuada em flagrante pelo crime de ameaça praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra criança/adolescente. Ela foi presa pela Polícia Civil, nesta segunda-feira, depois de gravar um vídeo segurando uma faca encostada no pescoço da própria filha, menor de idade, fruto de um relacionado com um ex-companheiro. 

O material que demonstrava a vítima sendo ameaçada de morte foi encaminhado a uma tia da criança que, diante a gravidade da situação, procurou imediatamente o Conselho Tutelar, que acionou a Polícia Civil. Segundo a investigada, a gravação teria sido feita para “chamar a atenção” do ex-companheiro, pai da vítima, com quem a mulher foi casada por sete anos e de quem está separada há três anos, por desentendimentos relacionados ao valor da pensão alimentícia. 

A mulher foi localizada em sua residência, local onde confessou o ato e afirmou estar arrependida. Durante a diligência, policiais civis apreenderam uma faca com resquícios de uma substância avermelhada, “possivelmente utilizada para simular sangue”.

“A suspeita foi conduzida à Delegacia de Polícia de Panorama, onde foi autuada em flagrante pelo crime de ameaça – artigo 147 do Código Penal –, praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra criança e adolescente, conduta agravada pela aplicação da Lei nº 14.344/2022 [Lei Henry Borel]. Em depoimento, a mulher alegou que teria combinado previamente a gravação com a filha, negando intenção real de feri-la”, detalha a Polícia Civil.

“A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar, que adotará as medidas de proteção e acompanhamento cabíveis. A investigada permanece presa e será apresentada em audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça”, finaliza o órgão investigativo.
 

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