As condições da Praça das Cerejeiras, no Jardim Esplanada, em Presidente Prudente, é alvo de reclamações por parte dos moradores da localidade. Segundo eles, a praça está "abandonada" e pedem que a Prefeitura faça uma manutenção mais frequente na área de lazer. Garrafas e potes plásticos, papéis e demais objetos estão espalhados pela extensão da praça e, só não está pior, como os vizinhos afirmam, porque os próprios munícipes costumam recolher o lixo que acumula. Além da aparência do espaço que fica "ruim", os moradores ainda relatam a preocupação com a dengue, visto os recipientes que são jogados e que podem acumular água e, com isso, servir de criadouro para o mosquito
Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, chikungunya e zika vírus.
Praça está com lixo espalhado por sua extensão; moradores pedem mais limpeza no local
O operador de retroescavadeira, Dorivaldo Nunes de Oliveira, 59 anos, diz que a limpeza do local – feita pelos trabalhadores do Executivo – "deve ser constante". Ele ressalta que tinha uma pessoa que cuidava, voluntariamente, da praça, e, por isso, o espaço era "bem organizado". No entanto, relata que este voluntário deixou de fazer a manutenção e que a falta do trabalho rotineiro por parte da Prefeitura "tem deixado a praça muito suja".
Dorivaldo pontua que já entrou em contato com a administração municipal, mas que não obteve retorno. "Pedi providências na situação", cita. Vendo a situação do local, o prudentino diz que costuma recolher o lixo que pode, para, ao menos, amenizar o problema. "Eu e minhas netas catamos os materiais jogados", conta. Ele acredita que placas de orientação poderiam ser instaladas na praça, para que as pessoas se conscientizem. Além disso, pede que sacos de lixos sejam colocados nas lixeiras que existem no local, pois "facilitam a manutenção".
O morador relata ainda que uma fiscalização mais frequente deve ser feita, pois a praça é, costumeiramente, procurada por andarilhos que ali dormem. "Deveria ter uma abordagem com estas pessoas", cita. A falta de limpeza e a fiscalização da permanência dos andarilhos também são pontuadas pela dona de casa Valdecir Caires de Oliveira, 59 anos. Ela frisa que já procurou o Executivo para pedir que recolha o lixo mais frequentemente, mas não houve o retorno esperado. "Ficaram jogando um para outro no atendimento", frisa.
A dona de casa teme pela saúde da família e demais pessoas que moram ali, pois pode ser que tenham focos de dengue na localidade. "Tem potes com água parada e nós que recolhemos para evitar mais problemas", sinaliza. Moradora da localidade, a boleira Maria Lourenço da Silva Carvalho, 45 anos, é mais uma das munícipes que fazem a limpeza em um ponto da Praça das Cerejeiras que fica em frente a sua casa. "Retiramos a sujeira que acumula", conta. Ela acredita que a manutenção tem que ser feita em mais dias, "para deixar a área pública nas condições ideais".
No entanto, há quem acredite que os trabalhos executados estejam dentro do ideal e não tem o que reclamar. Este é o caso do aposentado Cícero Lourenço, 58, anos. Ele, que mora de fronte à praça, diz que não tem do que se queixar. "Realizam a poda do mato e a limpeza nos dias indicados", explana.
Prefeitura
Sobre o assunto, a Prefeitura, por intermédio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), informa que a limpeza e recolhimento dos lixos da Praça das Cerejeiras "são feitos periodicamente". Porém, relata que tem ciência que o local tem um rápido acúmulo de materiais, mas que isso é pela falta de conscientização das pessoas. A pasta de Comunicação cita que o local é rodeado por escolas e instituições de saúde, por isso, tem um grande fluxo de pessoas e que estas, muitas vezes, descartam os materiais, "incorretamente no chão".
O órgão esclarece que, no momento, não há condições de intensificar as manutenções, visto que existe um cronograma de trabalhos executado para atender as limpezas nas demais praças e pontos públicos da cidade. Sobre o pedido de colocar sacos de lixo nas lixeiras do local, a Secom esclarece que já foi feita uma experiência neste sentido, mas que não deu certo, "pois os sacos eram levados". Então é algo que não será possível, como a pasta esclarece.
Quanto aos andarilhos, a secretaria frisa que não tem como obrigar que as pessoas se retirem da praça, pois tem a ver com o direto de ir e vir que o cidadão possui. O que existe no município, segundo a secretaria, é uma ação de orientação feita pela pasta de Assistência Social de Prudente. Nesta abordagem, os agentes sociais conversam com os andarilhos e tentam encaminhar os mesmos – a partir da vontade da pessoa – para o suporte junto ao Centro de Referência da População Migrante de Rua, antiga Casa de Passagem, e o Centro de Triagem. Por fim, a Secom esclarece que qualquer morador pode entrar em contato com a pasta para informar sobre a situação de algum andarilho, para as devidas abordagens de orientações.
