Tradicionalmente nas vésperas do Natal e réveillon, o impacto nas vendas de última hora, que ocorre habitualmente em datas festivas, aquece alguns setores em Presidente Prudente, principalmente, o de açougue. Nos supermercados, a data é sempre próspera e o faturamento do departamento pode ser até 20% maior em relação ao início deste mês, mesmo em meio à pandemia.
No Supermercados Estrela, o gerente de loja, Iremar Cordeiro, explica que é natural as pessoas deixarem para comprar às vésperas das datas festivas, isso porque muitas levam itens em grandes quantidades e não contam com espaços necessários para comportá-los.
O aumento nas vendas neste período, segundo ele, está estimado de 15% a 20% se comparado com o início do mês, tendo em vista que não haverá grandes festas e confraternizações familiares, principalmente, após a região do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde), que contempla a cidade de Presidente Prudente e outros munícipios, regredir para a fase vermelha do Plano São Paulo de contingenciamento frente ao novo coronavírus. “As festão acontecerão, mas em grupos menores e isso pode influenciar ou não a procura por carnes neste ano. Mas entendemos que o consumo continua mesmo sem grandes encontros”, destaca. O gerente explica que neste período não mantém grandes estoques devido à importante parceria com frigoríficos da região. Desta forma, quase todos os produtos são repostos no dia.
De acordo com o gerente de loja do Supermercado Avenida João Luis Nicolosi Gasparino, nos três últimos dias a procura por itens específicos aumentou consideravelmente. Nesta véspera de Natal, portanto, há uma procura maior por cortes suínos (como pernil e paleta), além das tradicionais aves como o peru e chester, pratos importantes da ceia natalina. Já para o réveillon, a procura é maior para carnes bovinas, isso por conta dos tradicionais churrascos que brindam o novo ano. Os preços, segundo o gerente, estão estáveis, seguindo a mesma tabela do início do mês.
SAIBA MAIS
Para compreender a atual situação é valido ressaltar o IPS (Índice de Preços dos Supermercados) calculado pela Apas/Fipe (Associação Paulista de Supermercados/Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), aponta que os principais itens que puxaram a inflação geral em novembro para cima são as proteínas. A explicação é que o aumento se deve ao crescimento dos custos de produção por conta da elevação da ração dos animais, ao aumento da demanda por suíno e à demanda internacional de importação. No geral, os cortes bovinos subiram 3,8% e as aves 2%, frente 5,3% e 9,1% registrados em outubro, respectivamente. Os suínos se mantiveram em 8%.
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Cortes bovinos são mais tradicionais no réveillon
