Mudanças devem atingir 6 escolas de Prudente

Além da troca de mantenedor em umas das unidades, há também o remanejamento de instituições de ensino e fechamento

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 14/12/2018
Horário 05:05
Arquivo - Escola Municipal Carlos Ceriani passará a ser administrada por entidade
Arquivo - Escola Municipal Carlos Ceriani passará a ser administrada por entidade

Baseada na necessidade de atender toda a lista de espera por vagas da educação infantil, otimizar recursos humanos e materiais e promover economicidade do erário público, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) esclareceu situações acerca de mudanças que devem atingir, pelo menos, seis escolas municipais de Presidente Prudente. A ideia, ainda de acordo com a pasta, é diminuir o número de alunos por sala e promover a racionalização do atendimento. As alterações passam a vigorar a partir de 2019, mas vêm ocorrendo desde 2017.

Seguindo a programação, os primeiros itens dizem respeito ao remanejamento de duas unidades de ensino: a Escola Municipal Ondina Quirino, no Jardim Monte Alto, para a Escola Municipal Vilma Gianotti, no Parque Cedral. Na outra ocasião, a Escola Municipal Aparecida Alves, da Vila Formosa, passa a receber as estruturas físicas e humanas da Escola Municipal Edson Lopes, da Vila Industrial. Para a secretaria, são escolas “próximas, sem demanda de alunos no setor e com uma construção [modelo oca] inadequada ao trabalho com crianças pequenas”. Haverá ainda a troca de endereço da Escola Municipal Firmino de Almeida para o prédio novo no Parque Alexandrina - mesmo bairro.

Os prédios passam a ficar inoperantes para lecionar aulas, assim como a Escola Municipal Sueli Rodrigues - na Vila Maristela -, que terá o encerramento das atividades. “Parte das crianças que ali estavam matriculadas foi direcionada para escolas de ensino fundamental e as demais foram georreferenciadas e não residem próximo daquele local. Além disso, não há demanda para matrículas naquele setor e o prédio era alugado”, argumenta a municipalidade.

No entanto, a mudança que gerou maior repercussão foi em relação à alteração de mantenedor da Escola Municipal Doutor Carlos Ceriani, no Conjunto Habitacional Humberto Salvador, que a partir do ano que vem será administrada por uma entidade filantrópica. Segundo informações da Seduc, com a inauguração da “nova escola no Alexandrina”, que iria para a filantropia, optou-se por deixar a gestão sob os cuidados da própria Prefeitura e atribuir outra instituição para a entidade.

A situação gerou inconformismo por parte de alguns pais e professores que atuam no local, que protestaram em frente à unidade na manhã de ontem, com o apoio do Sintrapp (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Presidente Prudente e Região). A reportagem procurou o sindicato, mas que não respondeu até o fechamento da edição. Por sua vez, a pasta da Educação garante que “não haverá prejuízos das atividades escolares às crianças da rede municipal, bem como aos servidores públicos das escolas que sofrerão remanejamento, pois todos terão direito ao remanejamento/escolha em outra unidade escolar do município”.

Negociação

Ainda em negociação, mas no radar de alterações da Seduc, a pasta tem discutido com as comunidades de distritos prudentinos, a proposta de remanejar o ensino fundamental da Escola Municipal Carlos Alberto Arruda Campos, de Eneida, para a Escola Municipal Carlos Braga, em Ameliópolis. O objetivo é promover o ensino integral para ambas, visto que há o prédio próprio da Prefeitura no local de destino, com espaço para que os alunos tenham, inclusive, atendimento pelo “Inova Kids”, sem precisar se locomover para a Fundação Inova.

SAIBA MAIS

A Prefeitura anunciou ainda a abertura de salas de pré-escola na Escola Municipal Domingos Medeiros, no Jardim Guanabara; ampliação do projeto “Creche Parceira” em todas as unidades de ensino infantil; ampliação do núcleo do programa Cidadescola no Parque Alexandrina; projeto “Férias na Escola”, a ser implantado em janeiro de 2019, para alunos da pré-escola ao 4º ano; implantação gradativa de professores nos berçários; redução do número de alunos por sala/agrupamento.

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