Mulher, sinônimo de força, determinação e superação

OPINIÃO - Mauro Bragato

Data 11/03/2023
Horário 05:00

Nesta semana celebramos o Dia Internacional da Mulher. Mas, mais do que uma data, esse dia é para repensarmos o papel da mulher da sociedade. Não do sentido de privilégios, mas sim, de paridades! 
Ao longo da história, homens e mulheres desempenhavam papéis sociais distintos. Apesar da herança histórica de um sistema social patriarcalista, a mulher tem-se inserido cada vez mais como protagonista na sociedade atual, assumindo novos papéis e cargos de liderança.
Eu fico muito feliz em acompanhar o crescimento da participação feminina na sociedade. Esse movimento é histórico e tem que ser valorizado.  
No entanto, avanços à parte, ainda precisamos discutir sobre as questões de gênero, considerando a importância da defesa dos direitos e da igualdade entre os indivíduos para a construção de uma sociedade mais justa.
Um dos índices que mais me assusta, e que tenho de dedicado a combater é a questão da violência contra a mulher. Agressões físicas, ofensas sexuais e abusos psicológicos se tornaram ainda mais frequentes na vida das brasileiras. O assédio sexual, seja no ambiente de trabalho ou no transporte público, atingiu números inimagináveis. 
A violência contra a mulher no Brasil apresenta índices em crescimento. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Datafolha revelou que mais de 18 milhões de mulheres sofreram alguma forma de violência em 2022. A pesquisa ouviu 2017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, em 2022 foram registrados 187.604 mil boletins de ocorrências sobre álbum tipo de violência contra as mulheres. São mais de 500 ocorrências por dia e esses números assustam. 
As consequências da violência contra a mulher são inúmeras. São sequelas físicas, emocionais, além de contribuir diretamente para um atraso social enorme resultante da cultura patriarcal, que dificulta a ascensão das mulheres em suas carreiras. 
A mulher deve ser valorizada em todo e qualquer contexto. Como parlamentar, acredito que o nosso trabalho precisa ser pautado em questões que garantam às mulheres que não sofram qualquer tipo de opressão ou de impedimento para prosperarem em suas vidas.  
Precisamos fomentar, cada vez mais, a participação das mulheres na política. É, no mínimo, contraditório 52,6% do eleitorado brasileiro serem mulheres e ter menos de 20% de representantes femininas na política. 
Eu entendo que a partir do momento que atingirmos a paridade de gêneros nos poderes poderemos ter políticas públicas mais eficientes, uma vez algumas experiências só são vividas pelas mulheres, o que acaba influenciando o modo como elas fazem política, como no caso do enfrentamento ao machismo e ao racismo.
Por isso, temos que trabalhar em harmonia para garantir o direito a tudo aquilo que é bom e justo para a sociedade. Fortalecer as lideranças femininas dentro da comunidade, agregar uma boa formação política e qualificar essa participação, criando condições para que a mulher possa atuar plenamente e dar grandes contribuições à sociedade.
Além disso, o Parlamento e Executivo precisam estar integrados para o desenvolvimento de políticas públicas, mas também projetos e programas que possam valorizar pautas tenham maior visibilidade no poder público, sejam consideradas relevantes e recebam um tratamento adequado. 
 

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