Mussum e Muçum

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista movido a energia solar (você também é)

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 24/09/2023
Horário 05:30

As grafias são diferentes, mas a pronúncia dos nomes é a mesma. Em outras palavras: os nomes soam iguais. Quem não se lembra do Mussum? Carioca, Antônio Carlos Bernardes Gomes, seu nome de batismo e no RG, integrou o grupo Os Originais do Samba, onde era vocalista e tocava reco-reco.
Mussum e seus amigos do grupo fizeram muito sucesso e convém lembrar que um dos mais expressivos foi "Esperanças Perdidas", dos compositores Adeilton Alves e Délcio Carvalho. Um belo samba. Adeilton era filho do lendário sambista e compositor Ataulfo Alves, considerado à época (anos 50 e 60) um dos homens mais elegantes do Brasil, de acordo com colunistas sociais.
Reza a lenda que Ataulfo acreditava mais no taco do outro filho, Ataulfo Alves Júnior. Adeilton teria ficado ressentido com o pai e resolveu mostrar seu talento, segundo se comentava. Parece que o Júnior negou fogo na música. Queimou na largada, mas esta é outra história e vamos em frente que atrás vem a onda de calor senegalesco. 
Já Mussum deixou Os Originais do Samba e foi mostrar seu talento de comediante no grupo Os Trapalhões. Mussum era naturalmente engraçado. Enfim, um cômico nato. E ainda por cima "inventou" um idioma que a gente pode tachar de "mussulês". Ele mudava a pronúncia das palavras e, como exemplo, lembro do termo tranquilo. Para Mussum, era "tranquilis". A meu ver, uma grande sacada de humor. 
A história de sua vida foi parar no cinema. O ator Ailton Graça, sambista de pé cheio, interpreta Mussum e convence no papel. Graça é muito parecido fisicamente com o Mussum. Enfim, um autêntico sósia do comediante. Mussum era o comediante mais engraçado dos trapalhões. Zacarias também era divertido. Ambos fazem falta.
E o que dizer de Muçum? Evidente que me refiro à cidade gaúcha que sofreu horrores com a devastação provocada pelo ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul. Outras cidades também foram atingidas, mas o estrago maior aconteceu em Muçum. A cidade praticamente sumiu do mapa e dá pena ver seus moradores vivendo uma situação tão dramática.
O ciclone no Rio Grande do Sul, o terremoto no Marrocos e as enchentes na Líbia nos levam a uma reflexão sobre o clima hostil da triste época em que vivemos. Parece que o Apocalipse já começou e ninguém percebeu, como diz o dramaturgo Benedito Ruy Barbosa. 
Às vezes, penso que a Terra está longe de ser um planeta seguro para morar. Parece ser um planeta inóspito em muitas regiões, a exemplo do que ocorre em Vênus e Júpiter (vai tentar se aproximar dos dois). Talvez este modesto cronista exagera em seu comentário. É vulcão que entra em erupção, tsunami, terremoto, furacão, ciclone e o tal de tornado.
Aliás, não sei como os americanos conseguem suportar tantos tornados, principalmente no sul e no sudeste dos EUA. A coisa é braba. Há um detalhe: a vantagem é que os EUA são um país rico e poderoso. Um país pobre não suportaria tantos tornados. Nesse caso, um país pobre seria uma terra arrasada. Dificilmente se reergueria. O clima está pesado e tomara que venha aí bom tempo, como diz o samba do Chico Buarque. 

DROPS

Lula se reuniu com fãs na ONU, mas alguns fanáticos também estavam no auditório.

Nem os EUA aguentam mais o Zé Lensky, pois ele custa caro pro contribuinte americano.

O mundo gira e a humanidade também.

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