Mesmo diante de um cenário desafiador para o setor sucroenergético, marcado por estiagem prolongada, altas temperaturas e irregularidade nas chuvas, a Umoe Bioenergy, localizada em Sandovalina, alcançou resultados históricos na atual safra. A unidade bateu recordes de moagem e produção de etanol. Em agosto, a usina processou 443.497 toneladas de cana-de-açúcar, o maior volume mensal de sua história, e alcançou a marca de 40,45 milhões de litros de etanol equivalente, superando todos os números anteriores. A expectativa é chegar a 2,85 milhões de toneladas processadas até novembro.
Enquanto os resultados da usina Umoe crescem, a produção nacional de cana deve recuar 1,2% em 2025/26, totalizando 668,8 milhões de toneladas, segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A queda é reflexo da redução de 2,1% na produtividade média nacional, estimada em 75,6 toneladas por hectare, contra 77,2 toneladas na safra passada.
O Sudeste, principal polo produtor, deve colher 424,5 milhões de toneladas, 3,4% a menos que no ciclo anterior. No Estado de São Paulo, que é responsável por metade da cana do país, a produção estimada é de 337,9 milhões de toneladas, queda de 15,6 milhões frente a 2024/25. O desempenho inferior está ligado às perdas provocadas pela seca, pelo calor excessivo e pelos incêndios que atingiram os canaviais no ano passado.
A empresa aponta que, na contramão desse cenário, "o oeste paulista mantém competitividade e qualidade de matéria-prima". Para o CEO Gustavo Dias, os resultados da Umoe são fruto de planejamento agrícola e investimentos contínuos nas áreas agrícola e industrial: “Nosso objetivo é estar entre as melhores empresas do país em custo, investindo na longevidade dos canaviais por meio de tecnologia e no fortalecimento das estruturas que vêm apresentando bons resultados”, afirma.
"Além dos números expressivos de moagem e etanol, a Umoe reforça seu papel na economia regional, com mais de 1,5 mil empregos diretos e cerca de 2 mil indiretos. Nos 45 mil hectares cultiváveis, a usina adota práticas de agricultura circular, como 30 km de tubulações subterrâneas para distribuição de vinhaça, compostagem de torta de filtro e uso de tratamentos biológicos no lugar de químicos", expõe a empresa.
Reconhecida por certificações como o Renovabio, a usina diz que "também contribui para a descarbonização, evitando a emissão de centenas de toneladas de CO₂". “Cada avanço da empresa fortalece também a renda local, colocando Sandovalina entre as cidades com melhores índices de renda per capita do país”, completa Gustavo.
