A prática de colocar fogo em locais inadequados, especialmente para queima de lixo e limpeza de terrenos, continua sendo uma ameaça silenciosa, mas devastadora, em Presidente Prudente. A recente constatação da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de que essas são as principais causas dos incêndios em vegetação no município acende um alerta que não pode mais ser ignorado.
O uso do fogo como ferramenta de “limpeza” é, além de ultrapassado, ilegal e irresponsável. Sua consequência vai muito além da destruição da vegetação: afeta diretamente a saúde da população, contamina o ar, agrava problemas respiratórios e compromete o equilíbrio ambiental. Em tempos de estiagem e temperaturas elevadas, qualquer foco, por menor que seja, pode se transformar em um incêndio incontrolável, colocando em risco vidas humanas, animais e patrimônios.
A legislação é clara: provocar queimadas urbanas é crime ambiental. No entanto, muitos ainda insistem nessa prática, movidos pela falsa ideia de economia ou praticidade. A falta de consciência e a negligência de alguns geram um alto custo coletivo: social, ambiental e financeiro.
É urgente fortalecer as campanhas educativas e aplicar as sanções previstas com rigor. Mas, acima de tudo, é preciso cultivar uma cultura de responsabilidade ambiental. Cada cidadão tem um papel essencial na preservação da cidade e na prevenção de tragédias que, em grande parte, são evitáveis.
Colocar fogo onde não se deve é atear risco à vida. E com isso, não se brinca.
