Olheiras detonam estética e incomodam as mulheres

Apesar de não causar nenhuma mal à saúde, elas são alvo constante de reclamações; dicas importantes podem ajudar a preveni-las

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 01/03/2015
Horário 07:40
 

 

Jornal O Imparcial Escurecimento das pálpebras: interpigmentação catedral

 

Olheiras. Aspecto de cansaço, mais idade... Enfim, uma aparência que não lembra saúde, quer seja nos homens ou nas mulheres! E todos os dias quem assiste ao "Big Brother Brasil 15" (Rede Globo) pode conferir que não é somente o corpo escultural da empresária paulistana Amanda Djehdian, 28, que chama a atenção, mas também as olheiras, profundas. Apesar de não causar nenhuma mal à saúde, acabam com a estética. Público feminino é o quer mais se incomoda com o problema.

De acordo com as médicas dermatologistas Deusita Fernandes Gandia Soares, de Presidente Prudente e Marilda Milanês Moragado de Abreu, o primeiro passo é buscar um especialista para diagnosticar a causa e quais os procedimentos corretos para amenizar as olheiras.

Ambas explicam que basicamente são dois os motivos: excesso de vasos sanguíneos ou quantidade aumentada de pigmentação (melanina), principalmente na pálpebra inferior e um terceiro. "Chamamos esse escurecimento das pálpebras de interpigmentação catedral. O fator anatômico, formato dos ossos da órbita da pessoa, pode dificultar a drenagem do sangue", ressalta Abreu.

Conforme explica, teoricamente, esse escurecimento pode aparecer desde a infância, mas a tendência é manifestar com maior acentuação na adolescência e vida adulta. "Geralmente o filho se parece com a mãe, com o pai e naturalmente o fator anatômico vem em suas características, mas não diria que olheiras sejam casos de hereditariedade", frisa.

Soares, por sua vez, expõe que a hereditariedade é responsável pelo tipo de olheira mais difícil de ser tratada. Ela ainda acrescenta que em pele morena, geralmente, a diferença de cor no rosto é mais visível. A vascularização intensa ocorre principalmente em pessoas de grupo étnico onde existe esta tendência: árabe, turca, hindu e ibérica.

"É comum o agravamento do problema quando os vasos sanguíneos sofrem pequenos sangramentos. Fora das veias, o sangue fica ‘preso’ na região, e seu pigmento, torna a pálpebra mais escura", pontua.

 

Mais acentuadas

As dermatologistas pontuam que a exposição solar nessa região, onde a pele é mais fina, é um dos fatores que contribuem com a evidência maior das olheiras. "Proteção solar é importantíssima, um bom óculos de sol é sempre recomendável", aconselha Abreu.

"Época próxima do ciclo menstrual, desidratação da pele, doenças em geral, medicamentos fortes, bebidas alcoólicas, fumo, café, e cansaço, tudo isso tornam mais visíveis as veias da pálpebra", destaca Soares.

 

Tratando

Soares e Abreu comentam que tratamento nunca vai conseguir solucionar completamente esse problema, mas existem no mercado, vários e bons cremes despigmentastes, diversos princípios ativos que clareiam, ácidos com concentração baixa, além de substâncias que atingem a circulação ativando para um sangue mais oxigenado.

"Existem alguns procedimentos como a luz intensa pulsada que pode ser utilizado para complementar o tratamento com cremes, alguns procedimentos preenchedores para elevar um pouco a área e diminuir a profundidade", cita Abreu.

Soares complementa e menciona as vitaminas A, C e K, compressa vasoconstritoras (derivados de camomila, rutina, castanha da Índia), laser de CO2, preenchimento com ácido hialurônico.

As duas concluem enfatizando que muitas atividades de regeneração são realizadas durante o sono. "O cansaço estimula a flacidez, o que acentua o problema da bolsa de Gordua. O estresse orgânico a vasodilatação e a produção de melanina, evidenciando a olheira. Antes de dormir, pense em algo agradável e feliz para descontrair a musculatura do rosto. O sono é o tratamento mais barato para a pele", finaliza Soares.
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