Operação Ethos houve testemunhas de acusação

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 04/05/2017
Horário 11:53
 

Os quatro advogados da região que foram presos na Operação Ethos, deflagrada em novembro de 2016 pela Polícia Civil e o MPE (Ministério Publico Estadual), participaram de uma audiência na 1ª Vara do Foro da Comarca de Presidente Venceslau, na tarde de ontem, sob o comando do juiz Gabriel Medeiros. De acordo com o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Lincoln Gakiya, do MPE de Presidente Prudente, o encontro fez parte de um bloco de sete sessões, que ouviram as partes envolvidas. Na primeira ocasião, foram recebidos os depoimentos das testemunhas de acusação.

"É uma das audiências de instrução. Nesse primeiro instante não houve interrogação dos réus. Nesse grupo de reuniões estão quatro advogados da região e mais outros oito dos demais locais do Estado", conforme relatado pelo promotor. Ainda de acordo com Lincoln, esta foi a quarta sessão referente à Operação Ethos, porém, a primeira para este conjunto de bacharéis. Durante o encontro, que teve aproximadamente seis horas de duração, faltou ouvir apenas uma testemunha, que não compareceu ao local.

O representante do Gaeco ainda relata que além da falta das testemunhas, uma das advogadas que integram o grupo e que, por sinal, estava foragida, foi capturada no Paraguai, na terça-feira. "No momento ela já foi deportada para o Brasil e está presa na Polícia Federal de Foz do Iguaçu . No entanto, nos próximos dias, nós pediremos a transferência dela para a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista", adianta.

 

Histórico

Como noticiado neste diário, a Operação Ethos, realizada pela Polícia Civil e o MPE em todo o Estado, teve a finalidade de desarticular célula criminosa da facção, denominada "R", que, de acordo com o órgão, é composta por 40 advogados, sob controle de presos vinculados à organização e que já foi denominada "sintonia dos gravatas".

Durante a ação, foram cumpridos 34 mandados de prisão, no total, além de quatro detenções realizadas em flagrante. Os trabalhos foram realizados por 703 policiais civis e 65 membros do MPE. A investigação começou em maio de 2015 e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade e, conforme os órgãos responsáveis pela operação, contribuíam para a prática criminosa vinculada à organização.
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