Original Pecado

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 23/02/2021
Horário 07:00

“Original Pecado” foi o título brasileiro da comédia “The More the Merrier” dirigida por George Stevens e produzida em Hollywood em 1943. Durante a Segunda Guerra, a jovem Connie (Jean Arthur) aluga metade do seu apartamento para o excêntrico Sr. Dingle (Charles Coburn). Este, por sua vez, aluga metade da sua metade para o sargento da Força Aérea Joe Carter (Joel McCrea). A situação inusitada leva a uma série de desencontros com o velho Dingle tentando bancar o cupido para o casal. Comédia clássica da era de ouro do cinema norte-americano com a grande atriz Jean Arthur, hoje um tanto esquecida, embora tenha sido a estrela de filmes fundamentais da história do cinema, sendo uma das favoritas de Frank Capra que a dirigiu em três sucessos: “O Galante Mr. Deeds” (1936), “Do Mundo nada se Leva” (1938) e “A Mulher Faz o Homem” (1939). “Original Pecado” concorreu a cinco prêmios Oscar em 1943 e foi refilmado em 1966 como “Devagar, Não Corra” (“Walk Don´t Run”) por Charles Walters, que foi o último filme de Cary Grant. “Original Pecado” foi relançado em DVD com o título “Quanto Mais, Melhor”. 
 

“Quarentena prolongada e o risco de estresse em idosos”

Estamos há um ano vivendo uma realidade de restrições pela pandemia da Covid-19. Os idosos estão entre os principais acometidos pela doença e sabemos que evitar o contato social é a mais eficaz forma de prevenção. A restrição do convívio social e a manutenção do isolamento são as formas mais seguras de se prevenir esta doença mortal, indo contra um dos maiores argumentos de envelhecimento saudável: a reinserção do idoso. Estudos consistentes da Universidade de Chicago mostraram que idosos submetidos a isolamento têm menores defesas imunológicas em decorrência da ação do estresse sobre os leucócitos, podendo levar a um aumento de 14% da mortalidade. Outros estudos da Universidade de York levantaram o impacto do estresse provocado pela solidão e falta de convívio social: um aumento de 29% de doenças cardíacas e de 32% de acidentes vasculares cerebrais. Como fazer então com esta dualidade de informações? Precisamos entender que isolamento não precisa ser sinônimo de solidão, e restrição de contato não é ser caramujo. O distanciamento físico (com restrição de passeios, viagens e interação familiar) não precisa ser somado a distanciamento afetivo: e não há receita pronta, sendo necessária criatividade na expressão desta afetividade. Utilizar os recursos tecnológicos disponíveis é importante, como videochamadas e telefonemas mais frequentes. O contato intergeracional pode ser estimulado com a realização de muitas ações esquecidas: escrever e ler cartas, cartões, dar presentes mesmo que banais, incentivar os netos a fazer desenhos. É preciso reservar tempo para atividades de relaxamento, meditação e ocupação doméstica fazendo atividades que mais gostamos e sempre deixamos para depois (cozinhar, costurar, cuidar de animais e plantas, ler, ouvir música, fazer trabalhos manuais). Reduza o excesso de informações sobre a pandemia com visões derrotistas e negativas, evite programas policialescos e dramas pesados. Mantenha a espiritualidade, respeitando valores individuais e crenças com estímulo a práticas de orações e rituais que sejam importantes para a pessoa idosa: Andar com fé eu vou, que a fé não costuma “faiar”!

Dica da Semana

TV por Assinatura

“Doutor Castor”:
Série documental em quatro episódios da Globoplay que retrata a vida do chefão dos chefões do jogo do bicho, Castor de Andrade. Castor (1926-1997) foi um dos mais poderosos e influentes líderes da contravenção comandando não só o jogo do bicho, mas também o futebol (patrocinou o Bangu) e o samba (foi presidente da Mocidade de Independente de Padre Miguel em seu auge, tendo sido campeã por três vezes em seu reinado). Também tinha influência na política e na polícia e por diversas vezes compareceu como réu em julgamentos em que sabia que sair inocentado. Retrato de uma época que funcionou de base para o crime organizado carioca. 
 

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