Panorama é destaque em ranking de produção aquícola em São Paulo

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 13/10/2022
Horário 07:00
Foto: Wenderson Araujo/CNA
São Paulo está em segundo lugar no ranking da aquicultura nacional
São Paulo está em segundo lugar no ranking da aquicultura nacional

Localizado a 127 km de Presidente Prudente, no oeste paulista, o município de Panorama, às margens do Rio Paraná, é um dos 12 do Estado responsáveis por mais de 75% da produção aquícola paulista em 2020, o dado mais recente. A informação integra estudo da Embrapa Territorial ( Campinas, SP), com uma análise temporal e da dinâmica espacial da atividade aquícola em São Paulo, a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme o estudo, a cidade é a oitava do ranking de 2020, o número mais recente do estudo. Panorama produziu 2.050 toneladas em 2020. No ano anterior, 1.880t, o mesmo número de 2018. Já em 2017 foram 1.800t. E, em 2016, registrou 1.970t.
Com 900 toneladas, em 2016, Rancharia aparecia na 13ª posição. Depois desse ano, não houve mais registros relacionados ao município, de acordo com o levantamento.

São Paulo
O Estado ocupa o segundo lugar no ranking da aquicultura nacional, com produção crescente. A tilápia é destaque, respondendo por 93% da produção local.
A concentração é alta e variou pouco no intervalo entre 2016 e 2020. Nesse período, os municípios que estão sempre entre os maiores produtores são: Santa Fé do Sul, Rifaina, Santa Clara d'Oeste, Sud Mennucci, Zacarias, Juquiá, Fartura, Panorama, Rubinéia, Caconde e Ilha Solteira.

Os principais
No ano 2020, mais recente analisado, 167 dos 645 municípios paulistas registraram alguma produção aquícola. No entanto, Santa Fé do Sul respondeu, sozinha, por 19% das 55.039 toneladas produzidas. Os 12 municípios que respondem por 75% da produção estão dispersos pelo território paulista, a maior parte deles próximos do Rio Tietê, Rio Paraná e Rio Grande. Há uma pequena concentração no Noroeste, onde há uma área contínua, formada por Ilha Solteira, Rubinéia, Santa Fé do Sul e Santa Clara d’Oeste.
O analista Marcelo Fernando Fonseca, da Embrapa Territorial, explica que a primeira questão a ser respondida pelo trabalho era se havia concentração espacial da produção no Estado que ocupa a segunda posição no ranking nacional.
Os dados apontaram que há concentração e o estudo mostrou onde estão as principais áreas produtoras no território paulista. Para Fonseca, essas informações podem nortear políticas públicas e investimentos, para infraestrutura de suporte à produção e escoamento, por exemplo. (Com informações de Vivian Chies, da Embrapa Territorial).


"O Brasil está em um estágio tecnológico de inovação avançado. Temos tecnologias de ponta no agronegócio; temos uma agricultura sustentável, que usa práticas com cuidado com o meio ambiente e favorecem a produtividade. Também temos um robusto programa de agricultura tropical e de baixo carbono, produzindo cada vez mais com mais qualidade, contribuindo, assim, com a segurança alimentar global."
Sibelle Silva, diretora do Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sobre o Programa AgroHub Brasil. 
Confira a entrevista na íntegra no www.norteagropecuario.com.br  

Ovos e derivados para o país
Empresas de ovos e derivados do Estado de São Paulo poderão conseguir a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) e se juntarem às categorias de carnes e pescado. 
A adesão é concedida pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que avaliou o serviço estadual e constatou que o Sisp estava apto a inspecionar as agroindústrias. Na prática, essa mudança significa que as empresas produtoras de carne, pescado e ovos (e todos os seus derivados) que forem inspecionadas e aprovadas pelo órgão estadual poderão abrir mercado. A aprovação permite que essas empresas adotem em suas embalagens o selo Sisbi, um diferencial que permite vender o produto em todo o território nacional.

Crédito do Plano Safra 
O volume de crédito rural desembolsado nos três primeiros meses do atual Plano Safra (julho a setembro) totalizou R$ 115,96 bilhões, representando um aumento de 23% em relação a igual período da safra passada (R$ 94,54 bilhões). Do total, R$ 80,26 bilhões foram liberados para operações de custeio (aumento de 55%), R$ 23,09 bilhões para investimento, R$ 6,99 bilhões para comercialização e R$ 5,62 bilhões para industrialização.

Recorde no campo 
A produção brasileira de grãos pode atingir 312,4 milhões de toneladas na safra 2022/23. Se confirmado, o volume supera em 41,5 milhões de toneladas o recorde obtido na temporada recentemente finalizada, quando foram colhidos 270,9 milhões de toneladas. Dentre os produtos, destaque para soja e milho que juntos devem registrar uma produção de 279,3 milhões de toneladas. No caso da soja, os agricultores brasileiros devem destinar uma área de 42,89 milhões de hectares, um crescimento de 3,4% se comparada com a safra passada. A semeadura do grão ocorre dentro da janela nos principais Estados produtores e chega a 4,6% da área, com o maior índice registrado no Paraná (9%), seguido de Mato Grosso (8,9%) e de Mato Grosso do Sul (6%). Com o avanço da área, a estimativa da Conab para a produção da oleaginosa é de 152,4 milhões de toneladas.
 

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