No cultivo de cana-de-açúcar, que é uma planta semiperene, o sistema de produção pode agir na perda da biodiversidade dos solos. Como um sistema em desequilíbrio pode não apresentar seu máximo potencial produtivo, é fundamental conhecer o solo e suas propriedades, promovendo eventuais ajustes na área cultivada.
Essa investigação minuciosa da vida no solo é possível por meio da metagenômica, técnica que permite estudar os genomas de micro-organismos de um nicho ecológico. E é essa ferramenta que a Biotrop, empresa líder em soluções biológicas e naturais, tem levado às usinas e consultorias canavieiras parceiras. Chamada de Agrobiota, a iniciativa - que é inédita no mundo em escala comercial – acrescenta o fator biológico nas análises de solo, realizando o mapeamento dos microrganismos presentes.
Três pilares
O programa está fundamentado em três principais pilares: o primeiro é a realização desta completa análise de solo, que identifica os micro-organismos benéficos e os potencialmente patogênicos, originando recomendações agronômicas precisas para melhorar a sanidade e o vigor das lavouras; o segundo é mapear o sequestro de carbono do local com foco na agricultura de baixas emissões; e o terceiro analisar a demanda hídrica.
Em paralelo, a BP Bunge - um dos maiores grupos do setor sucroenergético do país e referência em práticas agronômicas sustentáveis, vem investindo fortemente em práticas regenerativas, substituindo grande parte da utilização dos seus insumos químicos por ferramentas biológicas, ampliando as possibilidades de ganho de produtividade, regeneração da biota do solo e contribuição para redução de gás carbônico na atmosfera, o que permite explorar mais fortemente o mercado de Cbios.
A parceria
Compromissados com a sustentabilidade do sistema produtivo da cana-de-açúcar, foi iniciado um projeto piloto do Programa Agrobiota na Unidade da BP Bunge de Itapagipe/MG, pelo qual além de fornecer embasamento científico para a recomendação, a Biotrop oferece soluções biológicas com tecnologia de ponta para atender os principais desafios e demandas do setor bioenergético.
Na prática, após a coleta no campo, as amostras de solo vão para os laboratórios da Biotrop, onde é identificada toda a vida microbiana por meio da análise de DNA. Os dados são analisados pela equipe de bioinformática da empresa, gerando um mapa completo de biodiversidade. Com base nos resultados, a Biotrop realiza recomendações de bioinsumos específicos para a área.
Os insumos biológicos aumentam a longevidade produtiva dos solos, melhoram a eficiência da adubação de base e aprofundam o sistema radicular, promovendo a produtividade e a rentabilidade do cultivo, além de atuar no combate aos patógenos. (Por Isadora Fabris, da Texto Comunicação)
