Parkinson: IA pode ajudar no diagnóstico precoce

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 09/08/2023
Horário 04:30

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa sem cura que provoca perda progressiva de neurônios por causar deficiências nas funções motoras, que se revelam em sintomas como tremores, movimentos lentos, dificuldades para caminhar e desequilíbrio, mas prejudica diversas funções não-motoras, ocasionando problemas para dormir ou ficar acordado, dores no corpo e distúrbios sensoriais. 
Assim, há mais de 200 anos tem sido um desafio para a ciência e a medicina, nas incessantes pesquisas para cura vem sendo tentada, mas com pouco sucesso.
A Organização Mundial da Saúde estima que 10 milhões de pessoas sofrem com essa condição no mundo inteiro. E, de forma preocupante, as incapacidades funcionais e mortes devido à doença de Parkinson têm aumentado mais rapidamente do que as causadas por outras doenças neurológicas.
Sabemos que os movimentos da pessoa com Parkinson começam a se tornar mais lentos anos antes dela ser diagnosticada com a doença, impacta diretamente na qualidade de vida, dificultando atividades diárias bem como a qualidade de sono também é fator importante.
O diagnóstico geralmente chega quando os sintomas são evidentes e os danos neuronais irreparáveis, isto já está vários anos em andamento, com 50% a 70% dos neurônios da função motora afetados. Identificar indivíduos em risco de desenvolver a doença Parkinson também ajudaria a projetar terapias contra a doença.
Na abordagem da Inteligência Artificial, tem se empregado informações coletadas pelos dispositivos de movimento, observando padrões relacionados à velocidade de movimento e à qualidade do sono, que são associados a um aparecimento futuro da doença. Assim, pode ser possível identificar a doença de Parkinson melhor do que os marcadores clínicos comumente usados, como os derivados do estilo de vida, genética, bioquímica sanguínea e sintomas relatados pelo paciente.
Sendo possível, o retardamento dos movimentos anômalos de uma pessoa com a doença de Parkinson, que pode ocorrer vários anos antes da doença ser diagnosticada, bem como a realização do exame do sono, polissonografia, evidenciar situações relacionadas à interrupção do sono, será possível manter melhor a qualidade de vida.
Ah! Orientar os familiares, bem como estimular os doentes em manterem atividades físicas regulares, contínuas e apropriadas para a faixa etária, complementados com bons exercícios fisioterápicos, reabilitação, com certeza melhorará a qualidade de vida.
Fiquem atentos às informações relacionadas à doença de Parkinson e Inteligência Artificial.
 

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