Penso, logo existo!

OPINIÃO - Rosana Borges Gonçalves

Data 29/10/2022
Horário 04:30

Os tempos atuais nos levam a questionar quais fatores que fundamentam o comportamento cultural e social dos indivíduos. Estes possuem olhares diferentes sobre os mesmos assuntos, mas nem sempre os externalizam de forma razoável e fundamentada, gerando muitas vezes contradições e mal entendidos. O que se sabe é que o mundo está em constante mudança. Resta-nos saber as consequências destas mudanças!
De modo sucinto, vejamos como exemplo, a teoria behaviorista que estudava através de experimentos, como a conduta humana era baseada em ação e reação, sem levar muito em conta a cognição. 
O nome Behaviorismo tem origem no termo em inglês Behavior, que significa comportamento. Essa teoria defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento. 
Um exemplo disso foi o experimento chamado os gatos de Thorndike. Edward Lee Thorndike (1874-1949) introduziu gatos em “caixas de problemas” para ver se eles conseguiam escapar delas e como. A princípio, os gatos saíram da caixa por tentativa e erro, mas, como as tentativas foram repetidas, eles escaparam cada vez mais facilmente. Thorndike formulou a lei do efeito, que afirma que, se um comportamento tem um resultado satisfatório, é mais provável que ele se repita.
Trazendo essa teoria para a atualidade, quando baseamos o comportamento humano em momentos de satisfação para alguns, mesmo que não concordemos, corremos o risco de escolhermos o caminho mais curto (satisfatório) e talvez o não mais vantajoso. O ser humano como indivíduo social pensante tem responsabilidade com suas escolhas e estas devem ser feitas de forma cautelosa e individual. 
A liberdade de tomar decisões é um exercício de compromisso, inteligência e amor. O importante é que toda pessoa tenha consciência de que mesmo com tanta informação advinda de todas as partes, ela tem a capacidade de fazer seus próprios caminhos, tomando cuidado para não ser influenciado de forma errônea, por ideias talvez satisfatórias somente para alguns.
Por isso, independente de ser cômodo ou não, o fato de não termos nossas próprias convicções e opiniões poderá nos levar a caminhos perigosos. Nossos pensamentos são nossas dádivas e são eles que nos direcionam na essência de ser quem somos: seres incompletos em busca da perfeição! Essa é a graça da vida! 
Diante disso, que possamos sempre questionar, expor nossas ideias e pensamentos, com respeito e dignidade.        Com isso, podemos nos sentir atuantes em nossas decisões e não apenas meros espectadores. Afinal,  como já dizia o filósofo francês, René Descartes ,“Penso, logo existo!”
 

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