Após semanas de estudos, o pesquisador e pós-doutor em Desenvolvimento Regional, o professor Alexandre Bertoncello, de Presidente Prudente, publicou ontem uma pesquisa que objetiva, principalmente, discutir políticas públicas eficientes no que diz respeito ao combate à Covid-19. Entre as análises está a eficácia da quarentena, medida adotada em diversos Estados do Brasil, mas também em inúmeros países em todo o mundo. “Não existe conclusão do que é melhor, se determinar ou não a quarentena. A única certeza é a de que aqueles países que aplicaram ela destruíram suas economias”, aponta.
Este cenário de quarentena, conforme o professor, colocou nele algumas dúvidas, como qual seria a capacidade dos sistemas de saúde, ou então o grau de contágio acima da média e os impactos socioeconômicos causados pelo novo coronavírus. Para as análises, Alexandre utilizou relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde) desde quando tiveram início as discussões, até o dia 4 de abril, quando a pesquisa foi finalizada para sua escrita e conclusões.
“A Covid-19 vinha crescendo como qualquer outra infecção e proporcionalmente seguiram-se os números de mortes, com uma média de 5% dos infectados”. Para obter mais respostas como essa, ele separou os países por blocos, o que permitiu encontrar as diferenças entre cada nação no que diz respeito ao combate à pandemia e suas realidades individualizadas. “Para o meu espanto, os mais infectados eram justamente os países que estavam adotando a quarentena, e foi quando vi que havia algo errado”.
Por isso, o trabalho mostrou que a quarentena, em relação aos números de infectados, não tem impactos significativos. Isso pode ser explicado, no entanto, por fatores geográficos, clima e densidade populacional. “No Brasil, por exemplo, o fator clima poderá piorar a situação no inverno”. Uma certeza, no entanto, é descrita no estudo: do aspecto econômico, a Covid-19 já está entre os três maiores responsáveis por crises mundiais da economia moderna.
“A política pública que visa preservar vida é justamente a que vai destruir a economia”, pontua.
SAIBA MAIS
A pesquisa completa e com todas as informações e análises do tema será publicada na Revista Colloquium Socialis, que pode ser acessada por meio do link: http://journal.unoeste.br/index.php/cs.