Pesquisador paulista cria roupa “inteligente”

A roupa já pode entrar na lista de produtos “inteligentes” que em breve poderão ser produzidos no mercado, assim como os celulares, casas e carros. Essa pelo menos é a proposta do pesquisador paulista Mário Gazziro. Ele desenvolveu modelos de “roupas inteligentes” junto com os seus alunos de pós-doutorado no ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos. Os produtos funcionam pela união de centenas de micro LEDs e sensores eletrônicos conectados a uma rede mesh, que não sofre interferência das redes wi-fi. Os sensores permitirão que

-

Data 23/03/2019
Horário 05:00

Pesquisador paulista

cria roupa “inteligente”

A roupa já pode entrar na lista de produtos “inteligentes” que em breve poderão ser produzidos no mercado, assim como os celulares, casas e carros. Essa pelo menos é a proposta do pesquisador paulista Mário Gazziro. Ele desenvolveu modelos de “roupas inteligentes” junto com os seus alunos de pós-doutorado no ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos. Os produtos funcionam pela união de centenas de micro LEDs e sensores eletrônicos conectados a uma rede mesh, que não sofre interferência das redes wi-fi. Os sensores permitirão que os modelos sejam usados para o monitoramento da saúde dos usuários em vários aspectos. Ele é também professor da UFABC Universidade Federal do ABC), em Santo André.

 

Desfile futurista

Em dois anos, quatro peças foram produzidas. A primeira delas monitorava o batimento cardíaco do usuário. A equipe teve então a ideia de preparar um desfile das criações, com motivos futuristas no Pint of Science, festival que debate ciência de forma descontraída em bares e restaurantes em São Carlos. Depois, a passarela se deu no corredor vermelho da UFABC, em dezembro passado.

 

Possibilidades à vista

“Seria interessante, por exemplo, estendermos os estudos para desenvolver peças que também monitorem a atividade muscular, para quem faz fisioterapia, esforços além do que deveria e uma recuperação”, diz o professor Gazziro. “É um universo muito amplo e interessante”. Deficientes auditivos são outro exemplo de pessoas que também poderão ser beneficiadas com vestimentas com sensores em desenvolvimento no Estado de São Paulo.

 

Ficção vira realidade

De acordo com o campus da USP em São Carlos, Gazziro deu asas à imaginação e tornou uma fantasia realidade depois de inspirar-se em livros de ficção científica do escritor americano Willian Gibson. A trama era construída em um futuro distópico, no qual haveria baixa qualidade de vida, mas os níveis tecnológicos seriam muito altos e acessíveis. “O modo como nossa sociedade tem evoluído demonstra o caráter profético das obras, que foram escritas ainda nos anos 1980”, diz ele.

 

Na Assembleia

  • O deputado Estevam Galvão (DEM), que tem base eleitoral em Suzano, foi eleito por unanimidade corregedor da Assembleia Legislativa.
  • Carlão Pignatari (PSDB), que tem base eleitoral no Noroeste do Estado, responderá pela liderança do governo na Assembleia.

 

Investimento no Vale

A Novelis, líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio, deu a largada às obras de expansão em sua unidade de chapas em Pindamonhangaba, estimada em R$ 650 milhões. O investimento aumentará a capacidade de produção em 100 mil toneladas e a de reciclagem em 60 mil toneladas por ano.

 

Em Sorocaba

A produção de veículos na fábrica da Toyota em Sorocaba deverá aumentar 23% neste ano em relação ao total de 2018, segundo o Cruzeiro do Sul, da Rede APJ (Associação Paulista de Jornais). As fábricas de Sorocaba e Porto Feliz (motores) iniciaram em novembro do ano passado o terceiro turno da produção, com a contratação de 832 funcionários.

 

Em Jundiaí

A multinacional sueca Sandvik Coromant inaugurou a sua nova sede no Brasil, em Jundiaí. A empresa é líder na fabricação e comercialização de ferramentas de corte e soluções de usinagem. A escolha da cidade foi considerada estratégica pelo grupo tanto do ponto de vista logístico quanto geográfico.

 

De vento em popa

O saldo de emprego na indústria paulista ficou positivo em fevereiro. Foram geradas 2,5 mil novas vagas na comparação com janeiro, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

 

Interesse turístico

43 cidades paulistas receberam esta semana o certificado de MIT (Município de Interesse Turístico): Adamantina, Adolfo, Anhembi, Araçatuba, Araçoiaba da Serra, Barra do Turvo, Bebedouro, Bocaina, Botucatu, Divinolândia, Dois Córregos, Garça, Guaíra, Ibirarema, Icém, Igarapava, Indiaporã, Ipeúna, Itapeva, Itaporanga, Itariri, Itirapina, Jaboticabal, Jarinu, Juquiá, Juquitiba, Lavrinhas, Marília, Mogi Mirim, Palmeira d’Oeste, Pauliceia, Pirapora do Bom Jesus, Pongaí, Porto Ferreira, Santa Albertina, Santa Clara d’Oeste, São Bernardo do Campo, São João da Boa Vista, São Manuel, Timburi, Três Fronteiras, Valentim Gentil e Votorantim. Com isso, receberão recursos para potencializar o turismo local, visando aumentar o fluxo de pessoas na cidade e a geração de empregos e de renda.

 

Resgate da história

No século 19, o clima terapêutico transformou o pequeno povoado “nos Campos do Jordão” em um centro urbano direcionado para receber pacientes em sanatórios, pensões e até residências. Essa história é contada por Ana Enedi Prince na série de livros Tuberculose e História. O terceiro volume – “Estância Climatérica de Campos do Jordão: Sanatórios e Pensões e a Luta contra a Tuberculose” – mostra como a região era procurada por pacientes, de vários locais do país e do exterior, infectados pelo bacilo da doença. Na época, a tuberculose era responsável por quase 70% das mortes por doenças infecciosas no Brasil. Desde 1880, havia indicação da chamada “climatoterapia” na cidade.

Publicidade

Veja também