Dois pesquisadores da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) vão integrar a programação do workshop técnico “Produção, Inovação e Mercado”, dentro da sexta edição da Feira Tecnológica da Batata-Doce “Sicoob Credivale” 2025, a Batatec. A ação tem curadoria do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Os professores Alexandrius de Moraes Barbosa e Edgard Henrique Costa Silva, dos cursos de Ciências Agrárias, farão parte das palestras realizadas na sexta-feira, dia 25 de julho, na Arena do Conhecimento, dentro do Centro de Eventos IBC.
As inscrições para o workshop são gratuitas e estão abertas pela internet, no link forms.office.com/r/CeyJBDUgvD.
Segundo o IEA (Instituto de Economia Agrícola), a região de Presidente Prudente lidera a produção do tubérculo em São Paulo e se destaca nacionalmente. Só no ano passado, foram 5.226 hectares em produção, que resultaram em mais de 4,4 milhões de caixas de 24 quilos de batata-doce.
As condições meteorológicas são fatores determinantes para que essa cultura dê bons resultados, assunto que será abordado por Alexandrius durante a Batatec. “Irei fazer uma caracterização agrometeorológica da região, demonstrando dados históricos de chuva, déficit hídrico e eventos de calor e seus efeitos na produtividade da batata-doce. Também irei fazer uma análise de safras e a previsão para os próximos meses”, explica o professor.
Unir o conhecimento científico às práticas do campo é uma necessidade cada vez mais presente no campo. “Cada vez mais o clima irá desafiar a produção agrícola. A ciência ajuda na criação ou adaptação de novos manejos, aumentando a resiliência das culturas às adversidades climáticas”, completa.
Já Edgard abordará as boas práticas de manejo no cultivo de batata-doce e apresentará resultados de pesquisas conduzidas na Unoeste por alunos de graduação e pós-graduação. Entre os temas, estão a adubação, o manejo da irrigação e o manejo fitossanitário.
“Nós estamos conduzindo pesquisas que visam resolver dores relatadas pelos produtores de batata-doce. Logo, há alta aplicabilidade prática dos nossos resultados. Ainda há muito o que ajustar no sistema de produção de batata-doce, e nós estamos contribuindo para tal. As pesquisas englobam produção e melhoramento genético, com uso de ferramentas diversas, como agricultura digital e biotecnologias”, afirma.
Muitos destes trabalhos foram financiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e pela iniciativa privada. Além disso, muitos alunos são bolsistas do Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Na visão do professor, essa interação entre pesquisadores e produtores rurais é benéfica para os dois lados. “Nesses eventos temos a oportunidade de nos atualizarmos por meio da fala dos colegas e rever colegas que atuam na cadeia produtiva”, explica.
Além destes assuntos, o workshop trará especialistas para falar sobre preparo de solo, potencial de produção de etanol, segurança no campo, entre outros. No fim das palestras, será feita uma demonstração de maquinário.