De janeiro a junho deste ano, a Energisa Sul-Sudeste registrou 39 ocorrências de interrupções temporárias de energia provocadas por pipas na rede nas 24 cidades atendidas pela concessionária na região de Presidente Prudente. Com isso, mais de 6,9 mil clientes foram prejudicados.
Nesta semana, a concessionária promoveu um bate-papo bastante interativo com crianças na pracinha do Conjunto Habitacional Jardim Humberto Salvador, em Prudente. Os profissionais orientaram a respeito dos perigos de brincar perto dos fios da rede elétrica, enfatizando o risco de choque e também da interrupção no fornecimento da energia para clientes das proximidades.
“Historicamente, os meses de julho e agosto são os mais propícios para empinar pipas. Além de ser temporada de férias, a incidência dos ventos é maior, o que faz com que crianças e até adultos passem horas nessa diversão. O problema é que nem todos consideram as orientações para uma brincadeira segura: longe da rede elétrica e sem uso de cerol e outros materiais cortantes”, enfatiza o coordenador de Saúde e Segurança da Energisa Sul-Sudeste, Rodrigo Pontes.
E o bate-papo com a garotada teve efeito positivo. “Eu aprendi que o certo é soltar pipa onde não passa fio de energia, para não sofrer choque elétrico. Tem que ser em parques, praças, campos de futebol e pastos”, fala Enzo Gabriel Bandeira Lima, que estava aproveitando a tarde ensolarada para soltar pipa com o primo e outros coleguinhas do bairro.
Segundo o coordenador de segurança, além de procurar locais livres da rede elétrica, é importante que os fãs das pipas não usem fios metálicos ou papel laminado para confeccionar o brinquedo. Também não se deve soltar pipa nos dias de chuva ou tempo fechado, principalmente quando houver raios, que geralmente são atraídos por pontos altos. “E a pipa pode ser esse ponto mais alto, potencializando o risco de um acidente até fatal”, reforça.
Outra orientação é quanto às pipas ou rabiolas enroscadas na rede elétrica: nunca tente resgatá-las, pois a tentativa de puxá-las pode ocasionar um curto-circuito e até um choque fatal. Aos pais e responsáveis, Rodrigo acrescenta: “Não basta proibir a brincadeira. É indispensável que cada um oriente as crianças de se seu convívio e fiscalize para que brinquem com segurança”.
