A Prefeitura de Pirapozinho decretou estado de emergência em decorrência dos grandes danos causados pelas chuvas nos últimos dias. A chuva que mais provocou estragos ocorreu na madrugada do dia 7 de março, por volta da 0h30. "Choveu 150 milímetros em uma hora, todo o conteúdo previsto para o mês de março", informa David Batista da Silva, secretário municipal de Administração. O mau tempo causou a intensa chuva, que provocou obstrução de galerias e bueiros; inundações de residências; queda da cabeceira da ponte na Vila Maria, das pontes do bairro Barreiro, onde funciona o Clube dos 30, e bairro Aracy; queda de muros; danos de móveis; destruição do asfalto de diversos trechos, guias e sarjetas; e danos nas estradas rurais.

Entre estragos registrados estão danos no asfalto
Segundo o secretário, a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros atenderam cerca de 14 ocorrências naquela noite, mas não houve registro de mortes ou ferimentos. "Tivemos vários danos materiais, mas ninguém saiu ferido", relata. Os bairros mais atingidos foram o Jardim Natal Marrafon, Jardim Morada do Sol, Vila Santa Rosa e Jardim das Flores.
Silva diz também que ninguém ficou desabrigado. "Tivemos o caso do muro da igreja matriz, que cedeu e danificou a residência vizinha. Mas a igreja arcou com os danos e a moradora do local tem passado alguns dias na casa de uma filha durante a execução da obra. A previsão é que o trabalho seja concluído até sexta-feira", comunica.
A Divisão Municipal de Assistência Social tem percorrido as casas para realizar um levantamento e verificar as necessidades dos munícipes. A prefeitura ainda não tem o valor do prejuízo, mas a equipe técnica acredita que deverá ter dados concretos no decorrer desta semana.
De acordo com o secretário de Administração, o município tem feito a limpeza das vias e os reparos menores. Ele comenta que a prefeitura não possui verba suficiente para arcar com todo o prejuízo e, por isso, deve recorrer ao governo do Estado para pleitear recursos.
O estado de emergência, decretado pelo prefeito Orlando Pandovan (DEM), foi publicado em atos oficiais na edição de ontem, em
O Imparcial. "O decreto é necessário para pleitearmos recursos junto a outras esferas do governo. Como não temos verba suficiente e a situação da cidade está crítica, precisaremos de ajuda para colocar tudo em ordem", explica Silva.
O pedido deve ser feito à Coordenadoria da Defesa Civil do Estado de São Paulo. "Conversei ontem com representantes do órgão para dar entrada na documentação. Devemos formalizar a solicitação nesta semana", declara.
Defesa Civil
Ainda não há data definida para o início das obras de reparo, pois o caso necessita de análise do órgão do Estado, e, por fim, do decreto do governo, que deverá ser publicado posteriormente no Diário Oficial do Estado de São Paulo. De acordo com o sargento Valdeque Melo, da Defesa Civil, na capital paulista, a homologação do pedido é feita com a reunião de vários documentos, como a publicação do edital do decreto, um ofício do prefeito, relatório fotográfico do caso, orçamento e desenho preliminares e relatório da Defesa Civil do município. O prazo para a homologação deve ocorrer em até 15 dias.
Segundo o setor de pedido de convênios da Defesa Estadual, independentemente da aprovação, uma equipe é enviada para realizar a vistoria do local. "Não há um período certo para afirmarmos o tempo que leva da entrada do pedido até o início das obras, pois cada situação tem suas particularidades e depende da apresentação correta dos documentos. Mas, em média, leva de 30 a 60 dias", informa.
São João do Pau D´alho
A cidade também vive as consequências do mau tempo dos últimos dias. A Coordenadoria de Defesa Civil do Estado informa, em nota, que disponibilizará ajuda humanitária ao município.