A suplementação com a farinha de pitaya rosa pode ter ação antioxidante e anti-inflamatória no tratamento da colite ulcerativa. É o que indica um estudo inédito desenvolvido pelo curso de Nutrição da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). Por meio de experimentos com ratos Wistar em laboratório, ficou evidente que essa suplementação minimizou a colite, mantendo a integridade da mucosa, reduzindo a atividade da doença, além de manter o estado nutricional.
De acordo com a orientadora responsável pelo estudo, Dra. Sabrina Alves Lenquiste, esses resultados são de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que avaliou o efeito da suplementação com uma farinha de pitaya rosa sobre a colite ulcerativa em ratos. “Ela faz parte do grupo das DDI [Doenças Inflamatórias Intestinais] que são autoimunes e causam um processo inflamatório crônico. Extremamente agressiva, provoca lesão intensa no intestino, levando à desnutrição, além dos sintomas de dor e diarreia. Atualmente, o protocolo de tratamento padrão é com o medicamento sulfassalazina, mas ainda assim os sintomas são graves”.
Ela pontua que essa doença tem maior prevalência nos Estados Unidos, porém, a incidência tem aumentado na América Latina. Especificamente, no Brasil, o Estado de São Paulo é onde está concentrada a maioria dos casos. “Em nosso experimento comparamos o efeito da suplementação com pitaya ao efeito do tratamento medicamentoso e observamos que a farinha de pitaya rosa foi mais eficaz que o medicamento no tratamento da colite nos animais”, revela.
Sabrina comenta que a dieta dessas pessoas com colite é muito restritiva. “O agravamento da doença na sua fase ativa está associado ao efeito dos alimentos na mucosa intestinal, então, encontrar alimentos que atenuem a inflamação da mucosa é uma possibilidade de maior flexibilidade na dieta. Pensando no tratamento da colite ulcerativa, evidenciamos também que a inclusão da pitaya rosa na dieta ajuda na proteção da mucosa intestinal e na redução dos sintomas da colite, contribuindo assim com a manutenção e o controle da doença”, conclui.