Pleito impulsiona movimento em gráficas de PP em até 50%

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 29/09/2016
Horário 08:54
 

O período eleitoral é um momento de grande movimentação em gráficas e empresas de comunicação visual, visto que candidatos a prefeito e vereador recorrem a esse setor para imprimir seus materiais de campanha. Faltando pouco para o fim da propaganda política, a reportagem entrou em contato com gráficas de Presidente Prudente para obter um balanço da procura até agora. As gerências dos estabelecimentos estimaram crescimento de demanda de até 50% e, apesar de ser esta uma fase de muita vendagem, o número é baixo comparado aos anos eleitorais anteriores.

Jornal O Imparcial Neste período, santinhos de candidatos estão entre produtos mais impressos nas gráficas

A gerência da S.A. Artes Gráficas registra o menor percentual de aumento apurado por este diário. Conforme o empreendimento, a expectativa era de 10%, valor atingido nas últimas eleições, contudo, o alcançado foi 5%. Ele acredita que a baixa procura é motivada pela situação financeira dos candidatos. "Eu já esperava que houvesse uma retração, portanto, material político deixou de ser há algum tempo o meu foco de trabalho", expõe. Além disso, o estabelecimento destaca a busca do serviço em cidades maiores. "Geralmente, eles recorrem a gráficas de São Paulo. Aqui na região, a produção está mais direcionada aos produtos menores, como adesivos, por exemplo", comenta.

O diretor da Gráfica Bartolo, Danilo Molinari, 31 anos, também diz que esse tipo de confecção deixou de ser o foco da empresa. "Registramos um aumento de 10%, um número baixo, porém, intencional. As eleições acontecem de 2 em 2 anos e, cada vez mais, as normas de propaganda política se estreitam, assim como o tempo, então, não dá para ficar esperando períodos como esse para obter lucros. Sem falar que há candidatos que acabam atrasando o pagamento", salienta. Entretanto, Danilo assinala que os produtos mais procurados são os santinhos e os planos de governo. "Foram aproximadamente 6 milhões de santinhos confeccionados e 20 mil planos de governo", registra.

O gerente da Gráfica Cipola, Luis Carlos Silva, 45 anos, atribui o baixo movimento à crise financeira. "Conseguimos um aumento de 20%, um número inferior ao das eleições de 2014, o que considero normal, pois está circulando pouco dinheiro", pondera. O empreendimento fez a venda de 5 milhões de santinhos. Já a gerência da Gráfica Master acentua um crescimento de até 50% e a saída de 4 milhões de folhetos, entre santinhos, programas de governo e currículos dos candidatos. O local pontua que a "campanha foi tranquila" e, com a aproximação do dia 1º de outubro, data que encerra a campanha eleitoral, não tem recebido novos pedidos de impressão de material.

 
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