A Polícia Científica realizou um evento, na manhã desta quarta-feira, no auditório do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em Presidente Prudente, sobre a importância de preservação de local do crime, aperfeiçoamento de técnicas de perícia e o uso de novas tecnologias em investigações criminais.
A palestra, que reuniu funcionários de diferentes órgãos policiais da cidade, foi ministrada pela chefe da Equipe de Perícias Criminalística Oeste, da capital do Estado de São Paulo, Karin Kawakami de Vicente. Segundo ela, o evento serviu para mostrar os resultados obtidos em São Paulo a partir da colaboração das polícias Civil e Militar na preservação dos locais dos crimes. “A gente consegue coletar mais vestígios. E dos vestígios, a gente tem as identificações e resultados dos casos”, relatou Karin.
A perita realçou que a palestra também foi uma oportunidade de apresentar o avanço tecnológico de novos equipamentos que estão em projeto-piloto ou que já estão sendo usados na capital, entre eles, o scanner 3D, drones e o tablet ForenScope. “Possivelmente neste ano ou no próximo, eles já venham para a região de Presidente Prudenter. Mesmo neste momento não tendo os equipamentos por aqui [na região de Prudente], eles estão à disposição se houver necessidade para resolução de algum caso específico”, frisou.
A diretora técnica de Serviço do Núcleo de Presidente Prudente do Instituto de Criminalística, Renata Rumi Ishiki, pontuou o evento desta quarta-feira como um treinamento de atualização do aprimoramento das técnicas de investigação criminal, utilizadas na capital, para os órgãos policiais da região de Prudente. “Esse evento visou um treinamento para a gente conseguir ter a noção de o quão eficiente está sendo o levantamento de locais [de crime] que nós fazemos [a perícia] e aprimorar as técnicas utilizadas [neste trabalho]”, indicou Renata.
De acordo com a perita, a reunião de outros órgãos policias, como as polícias Civil, Rodoviária e Militar, foi importante para demonstrar que a investigação de um crime depende da conjunção destas forças. “A investigação toda e a preservação do local depende deles também. É um trabalho conjunto nesse fortalecimento na atuação de investigação e, depois, da percepção penal”.
O delegado divisionário do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), André Luis Luengo, compreendeu os temas elucidados ao longo da palestra como um encontro dos anseios dos órgãos policiais que trabalham no sistema judicial. “Recebo com muita boa vontade o evento de hoje [quarta-feira]. Penso que ela [a perita Karin Kawakami de Vicente] deixou bem claro a questão da importância de nós fazermos uma preservação de local competente e técnica para que o vestígio não seja contaminado e, com o local não sendo contaminado, a gente consegue com a ciência trabalhando em prol do sistema judicial elementos de prova importantes”, avaliou o delegado, que também realçou ficar impressionado com o avanço tecnológico na coleta de vestígios e, consequentemente, investigação criminal realizada pela segurança pública do Estado de São Paulo.
