Polícia Civil apreende cachaça adulterada em Regente Feijó

Um revólver calibre 32 e algumas munições também foram encontrados no local e apreendidos.

REGIÃO - Bruno Saia

Data 19/03/2015
Horário 09:56
 

Policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), de Presidente Prudente, estiveram na manhã de ontem em uma propriedade rural, em Regente Feijó, e, no estábulo da unidade, além de animais, se depararam com um sistema de alambiques que produzia cachaça de maneira irregular, em meio à sujeira, insetos e até mesmo embalagens de veneno. Mais de mil litros de cachaça adulterada, armazenados em galões de plástico, foram apreendidos no local.

"Não havia nenhuma documentação que mostrasse a origem dos insumos que eram usados na produção da bebida", afirma o delegado Pablo Rodrigo França. Segundo ele, existe a suspeita de que o álcool utilizado seria proveniente de postos de combustíveis. "Nós recebemos uma informação e começamos a investigar esse caso há dez dias, o que acabou nos levando até essa propriedade", completa.

Jornal O Imparcial Local de produção apresentava péssimas condições de higiene

Um aposentado, 61, foi preso e encaminhado até a delegacia, em Prudente, onde será ouvido e, posteriormente, levado até o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá. Ele arrendava a área onde a cachaça era produzida e será indiciado por crime contra as relações de consumo e também por porte de arma de fogo. Um revólver calibre 32 e algumas munições também foram encontrados no local e apreendidos.

"A próxima etapa da investigação será identificar como essa bebida era comercializada para estabelecimentos formais e informais", aponta França. O produtor da cachaça utilizava garrafas plásticas, que eram lavadas na propriedade, para envasar a bebida, que eram lacradas ali mesmo. Os rótulos usados nas garrafas diziam que a origem da bebida era a cidade de Palmital (SP).

O delegado responsável pela investigação entrou com uma representação solicitando que toda a bebida apreendida fosse destruída. Ela foi recolhida pela Vigilância Sanitária e uma amostra foi enviada para a perícia, para que sejam determinados quais os produtos usados na elaboração da bebida e se havia mesmo a presença de álcool proveniente de postos de combustíveis.
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