A Delegacia Seccional de Polícia Civil de Adamantina deflagrou hoje a segunda fase a operação batizada de “Transformers”. Os alvos da investigação pertencem a um grupo que realizava o serviço de instalação de um quarto eixo em semirreboques, a fim de proporcionar maior capacidade de carga; a alteração é ilegal.
Como desdobramento das ações realizadas no final do ano passado, o MPE (Ministério Público Estadual) representou pela prisão preventiva de cinco investigados e expedição de sete mandados de buscas que ocorrem em Hortolândia (SP), Barueri (SP) e São Paulo (SP). Foram ainda expedidos sequestros de sete veículos.
Conforme acompanhado por O Imparcial, a primeira fase da operação foi deflagrada no dia 4 de novembro, em Adamantina, Regente Feijó, Irapuru, Pacaembu, Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo, Campinas, Hortolândia, São Paulo, Itatiba, Mairiporã, Franco da Rocha e Arapongas (PR).
Na época, foram cumpridas sete prisões preventivas e 33 mandados de buscas em residências e endereços comerciais de investigados. Durante as ações, houve apreensões de equipamentos eletrônicos, valores e documentos relacionados à prática criminosa.
Depois de analisados, os pertences relevaram a participação de outras pessoas, entre elas servidores públicos que eram responsáveis pelas alterações nos sistemas informatizados, permitindo a emissão dos documentos fraudados.
A instalação de um quarto eixo em semirreboques proporciona maior capacidade de carga a ser transportada, mas a modificação é ilegal devido aos riscos.
"A legislação de trânsito proíbe tal modificação, principalmente em razão dos riscos viários gerados, especialmente de acidentes pelo comprometimento do sistema de frenagem, danos em viadutos, rotatórias, acostamentos e no leito asfáltico das rodovias pela irregular distribuição de pesos entre os eixos", explica a Polícia Civil.
Apesar disso, a prática continuava ocorrendo. Os caminhões modificados passaram por vistoria técnica em Instituição Técnica Licenciada creditada no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), também envolvida na "sofisticada engrenagem".
Segundo a Polícia Civil, para emissão dos documentos relativos à inclusão do quarto eixo, foram utilizados diversos “artifícios criminosos”, dentre os quais:
Ainda, conforme verificado pelos policiais, servidores públicos realizaram alterações nos sistemas informatizados para inclusão de tal configuração em desrespeito à legislação de trânsito e a orientações superiores.
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