Dois homens foram presos suspeitos de pertencerem a uma associação criminosa que aplicava golpes em lojas de Pirapozinho. A ação foi deflagrada ontem pela Delegacia de Polícia Civil da cidade, em parceria com policiais do Estado de Goiás.
O crime, conhecido como “golpe da arara”, consiste na compra de mercadorias por estelionatários. Depois de aquisição, os produtos eram entregues em locais não previamente informados, e também não eram pagos.
De acordo com a polícia, para a prática, usavam nomes falsos, documentos de pessoas já falecidas e contas bancárias de “laranjas”, além do número de celulares ligados a CPFs de terceiros.
O pontapé da investigação foi em Pirapozinho, quando a empresa vítima, que atua no ramo de materiais de construção, informou prejuízo aproximado de R$ 70 mil em vendas. Diante disso, o delegado Rafael Guerreiro Galvão instaurou inquérito para apurar os crimes de estelionato, falsa identidade e associação criminosa.
Foi por meio da investigação que constatou mais três golpes ocorridos entres os dias 3 e 15 de abril na mesma cidade.
No dia em que ocorreria o quarto golpe, no sábado, investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) seguiram o caminhão que levaria as mercadorias. O veículo pernoitou em São José do Rio Preto (SP) e seguiu viagem até Morrinhos (GO), no ponto de entrega.
Conforme a Polícia Civil, o delegado Fabiano Jacomelis, da cidade goiana, foi comunicado sobre a ação e, com apoio de investigadores locais, deflagraram a ação no exato momento em que os golpistas receberiam a mercadoria.
“No ato, evidenciou-se que o motorista não tinha qualquer envolvimento no esquema criminoso, porém, os dois golpistas foram imediatamente abordados e rendidos”, explica a polícia.
“Possivelmente, esses golpistas não agiam somente em Pirapozinho, como também em uma série de cidades do Estado de São Paulo e no restante do país, que ainda serão objeto de levantamento de investigação e inteligência policial”.
Além de dois veículos, foram apreendidas outras mercadorias que seriam de outras vítimas.
“A presente ação policial é importante, visto que trata-se de associação criminosa com alcance interestadual, o que dificulta, realmente, a investigação”, afirma Galvão.
“Tal tipo de investigação valoriza a função socioeconômica do inquérito policial, bem como resgata os direitos das vítimas envolvidas nos delitos dentro de uma nova perspectiva de Polícia Judiciária”.
Polícia Civil - Caminhão seguiu até a cidade goiana para a entrega de mercadorias