Polícia Federal investiga benefícios previdenciários recebidos irregularmente

Delegacia de Presidente Prudente estima prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões; 18 beneficiários estão na mira da polícia

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 01/07/2020
Horário 10:23
Polícia Federal - Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão
Polícia Federal - Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão

A Delegacia de Polícia Federal em Presidente Prudente deflagrou na manhã de hoje a operação “Falso Registro”. O objetivo foi coletar elementos de informação sobre a prática de falsidades diversas objetivando a obtenção de benefícios previdenciários indevidos.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Primeira Vara Federal de Presidente Prudente, tendo sido encontrada farta documentação relativa às fraudes.

Durante a investigação, foi identificada a utilização de cinco empresas para a inserção de vínculos empregatícios falsos nos sistemas da Previdência Social mediante entregas de GFIPs (Guia de Recolhimento e Informações à Previdência Social) extemporâneas, fato este que permitiu o recebimento de benefícios previdenciários fraudulentos embasados em relações trabalhistas inverídicas por diversas pessoas.

Em entrevista a O Imparcial, a delegada Sabrina Eloisa de Freitas Soares, informou que as empresas existem, no entanto, não desempenham mais as atividades. Em duas delas, cadastradas em Prudente e Presidente Venceslau, o prejuízo estimado na previdência foi de R$ 1.923.937,96.

Pontapé da investigação

A investigação teve início quando a Procuradoria-Geral Federal, com o apoio da CGINT (Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista) – da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, levou os fatos suspeitos ao conhecimento da Polícia Federal.

Segundo a CGINT, foram identificados 18 benefícios recebidos irregularmente, tendo o valor do prejuízo apurado totalizado a quantia de R$ 1.923.937,96.

A polícia ressalta que tais cifras poderiam atingir montante superior a R$ 5 milhões em valores futuros a serem pagos aos beneficiários, levando-se em conta a expectativa de sobrevida média da população brasileira, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conforme a delegada, ainda não se sabe se os beneficiários tinham ou não conhecimento de que os nomes estavam envolvidos na ação. Os cadastros são de moradores de Presidente Prudente e de outros municípios da região. "A partir de agora iremos aprofundar a investigação", afirma. 

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