A Delegacia de Polícia Federal em Presidente Prudente deflagrou na manhã de hoje a operação “Falso Registro”. O objetivo foi coletar elementos de informação sobre a prática de falsidades diversas objetivando a obtenção de benefícios previdenciários indevidos.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Primeira Vara Federal de Presidente Prudente, tendo sido encontrada farta documentação relativa às fraudes.
Durante a investigação, foi identificada a utilização de cinco empresas para a inserção de vínculos empregatícios falsos nos sistemas da Previdência Social mediante entregas de GFIPs (Guia de Recolhimento e Informações à Previdência Social) extemporâneas, fato este que permitiu o recebimento de benefícios previdenciários fraudulentos embasados em relações trabalhistas inverídicas por diversas pessoas.
Em entrevista a O Imparcial, a delegada Sabrina Eloisa de Freitas Soares, informou que as empresas existem, no entanto, não desempenham mais as atividades. Em duas delas, cadastradas em Prudente e Presidente Venceslau, o prejuízo estimado na previdência foi de R$ 1.923.937,96.
A investigação teve início quando a Procuradoria-Geral Federal, com o apoio da CGINT (Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista) – da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, levou os fatos suspeitos ao conhecimento da Polícia Federal.
Segundo a CGINT, foram identificados 18 benefícios recebidos irregularmente, tendo o valor do prejuízo apurado totalizado a quantia de R$ 1.923.937,96.
A polícia ressalta que tais cifras poderiam atingir montante superior a R$ 5 milhões em valores futuros a serem pagos aos beneficiários, levando-se em conta a expectativa de sobrevida média da população brasileira, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme a delegada, ainda não se sabe se os beneficiários tinham ou não conhecimento de que os nomes estavam envolvidos na ação. Os cadastros são de moradores de Presidente Prudente e de outros municípios da região. "A partir de agora iremos aprofundar a investigação", afirma.