Polícia indicia mãe por  homicídio triplamente qualificado na morte do filho, em Anastácio

Izabella da Silva teve prisão preventiva decretada e segue reclusa em Pirajuí; delegado responsável pelas investigações indica motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 21/10/2023
Horário 10:36
Foto: Redes Sociais
Izabella teve prisão preventiva decretada pela Justiça que acatou pedido da Polícia Civil após conclusão do inquérito policial  
Izabella teve prisão preventiva decretada pela Justiça que acatou pedido da Polícia Civil após conclusão do inquérito policial  

No começo deste mês, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial do caso João Pedro e indiciou a mãe do garoto, Izabella Rodrigues da Silva, de 24 anos, por homicídio triplamente qualificado na morte do filho, de 5 anos, tendo as qualificadoras do crime como motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. 

De acordo com o delegado responsável pelas investigações do caso, Wanderley Campione, após a conclusão do inquérito, a corporação representou pela decretação da prisão preventiva de Izabella, que foi decretada pela Justiça na mesma data. “O inquérito policial já se encontra em Juízo desde o dia 3 deste mês. Foi representado pela decretação da prisão preventiva e o Juízo da Comarca de Santo Anastácio decretou naquela data mesmo”, pontua Campione. 

“Ela foi indiciada e denunciada em juízo pelo crime de homicídio doloso qualificado, três qualificadoras - motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima -  e uma causa de aumento de pena. Segue presa no transcorrer do processo crime”, complementa Campione. 

Izabella continua reclusa na Penitenciária Feminina de Pirajuí desde o dia 19 de agosto, quando foi transferida da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.

Relembre o caso

Como noticiado por este diário, o corpo do menino João Pedro Rodrigues da Silva, de 5 anos, que estava desaparecido desde a tarde de terça-feira, do dia 8 de agosto, em Santo Anastácio, foi encontrado sem vida pelas equipes de busca na tarde de quinta-feira, dia 10 daquele mês, na área de um córrego que corta a mata do antigo Clube dos Bancários. A informação logo foi confirmada pela Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. No início da noite de quinta, a Polícia Civil de Santo Anastácio informou que pediu a prisão temporária da mãe do menino.

Segundo os bombeiros, João Pedro foi localizado no riacho durante buscas por meio de drones. Conforme a Polícia Civil, a perícia foi acionada ao local logo após a localização do corpo do garoto. Após o desfecho, as investigações foram iniciadas pela corporação, que teve que lidar com a apuração de diversas informações falsas ao longo do caso.  

As equipes do Corpo de Bombeiros e da polícia estavam mobilizadas desde a manhã da quarta-feira, 9 de agosto, quando a mãe da criança reportou o desaparecimento do filho.

De acordo com as informações prestadas pela mãe, que enfrenta problemas de depressão e ansiedade e cujas declarações foram descritas pelo Corpo de Bombeiros como “desencontradas”, o desaparecimento teria ocorrido entre as 15h e 16h de terça, quando a criança foi vista pela última vez adentrando uma mata localizada nos arredores do Clube dos Bancários. 

As equipes iniciaram as buscas na mata mencionada, onde encontraram, a princípio, uma mochila contendo roupas e pertences da criança. Os trabalhos foram realizados durante toda a quarta-feira e retomados na manhã da quinta, culminando no encontro do corpo da criança no período da tarde. 

O corpo de João Pedro foi sepultado na manhã da sexta-feira, 11 de agosto, em Santo Anastácio, no Cemitério Recanto da Paz, sob forte comoção de familiares, amigos e da comunidade santo-anastaciana em geral.

Naquela ocasião, o município decretou três dias de luto com bandeira a meio mastro. As aulas na escola municipal onde João Pero estudava foram suspensas no dia do sepultamento do garoto. 

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