Uma das 10 vítimas fatais do desabamento de pedras em Capitólio (MG), registrado no sábado, era Sebastião Teixeira da Silva, de 64 anos, natural de Anhumas, na região de Presidente Prudente.
Também morreram no acidente a esposa, Marlene Augusta Teixeira da Silva, de 57 anos, natural de Itaú de Minas (MG); o filho do casal, Geovany Teixeira da Silva, 38 anos, natural de Itaú de Minas (MG); Geovany Gabriel Oliveira Silva, 14 anos, natural de Alfenas (MG), que era filho de Geovany; e Tiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos, natural de Passos (MG), sobrinho de Sebastião.
Sebastião era policial militar aposentado de Minas Gerais. Seu corpo será sepultado em Serrania (MG), onde residia atualmente.
Em publicação nas redes sociais, a Prefeitura de Serrania comunicou luto oficial em todo o território municipal por três dias em solidariedade às vítimas do desastre em Capitólio, em especial aos serranienses envolvidos no acidente.
"Aproveitamos para homenagear o Sr. Sebastião Teixeira da Silva pelos serviços prestados em nosso município por tantos anos. Homem de princípios e valores, sempre se dedicou à segurança do povo de Serrania e também à formação da sua família. Cuidou de todos que estavam ao seu redor, com carinho e respeito", escreveu a administração.
"Homenagem também às demais vítimas que serão sepultadas em Serrania, Marlene Augusta Teixeira da Silva, Geovany Teixeira e Geovany Gabriel Oliveira Silva, membros da família do Sebastião Teixeira da Silva. Solidariedade aos familiares de todos que foram vitimados nesta tragédia em Capitólio. Descansem em paz. Que Deus conceda um caminho de luz a todos. Solidariedade e conforto aos familiares", completou.
De acordo com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, as identificações dos corpos de Sebastião e da família foram obtidas por meio da papiloscopia.
O delegado regional em Passos, Marcos Pimenta, explica que a equipe de investigação inicialmente levantou os dados de 10 ocupantes da lancha Jesus, afetada diretamente pela queda da pedra que se deslocou. “Os ocupantes se conheciam e estavam hospedados em uma pousada em São José da Barra”, pontua.
Os corpos e os segmentos corpóreos encontrados na área do acidente, após primeiro trabalho pericial no ponto de apoio, um clube náutico da região, foram levados ao PPI (Posto de Perícia Integrado) em Passos.
O médico-legista do PPI, Marcos Amaral, resume que “foi um trauma de altíssima energia”. Devido à situação dos corpos, foram aplicados os protocolos adotados no caso das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, inclusive com a colaboração de profissionais do Instituto Médico Legal Doutor André Roquette, na capital.
“As identificações podem ser feitas por DNA, comparação de radiografias e arcada dentária e por digitais”, descreve o médico-legista. Ele informa que a coleta de impressões digitais foi feita e encaminhada ao Instituto de Identificação para análise. A Polícia Federal também auxiliou nesse trabalho.
Uma força-tarefa, que reúne instituições como a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Defesa Civil e a Marinha do Brasil atuam no caso em diversas frentes, de acordo com as atribuições de cada órgão. Pela Polícia Civil, além da identificação das vítimas, o delegado Marcos Pimenta informa que foi instaurado inquérito policial “visando pormenorizar os fatos e verificar as condições em que ocorreu a queda da pedra”.
Ainda, por parte da Polícia Civil, o delegado regional pontua que foi criado um grupo de acolhimento de familiares para troca de informações que possam auxiliar na identificação, bem como para repasse do andamento dos trabalhos da Polícia Judiciária.
